É tempo de São João, de fogueiras, forrós, balões, bandeirinhas, quadrilhas, bingos, casamentos caipiras, brincadeiras, além de uma variedade de delícias gastronômicas tradicionais das festas juninas. Tem para todos os gostos. Caldos, quentão e amendoim dividem espaço com os sabores das iguarias de milho. O cereal pode ser servido nas mais diferentes formas: cozido ou assado, em pipoca ou como principal ingrediente de canjica, bolo, pamonha, polenta ou curau. Assim fica difícil resistir a tantas tentações.

A versatilidade do milho permite a elaboração de diversas receitas culinárias, tanto doces quanto salgadas, agradando em cheio ao paladar dos mais exigentes. Existem diversos tipos: o verde, o doce, o farinhoso, o pipoca, o duro, o macio e o dentado. Ele também está na raiz da produção de amido, azeite, bebidas alcoólicas, combustíveis e corantes alimentícios. Nas festas juninas é o alimento que se tornou o personagem mais popular pela quantidade e diversidade – já que junho é a época das colheitas.

Além de saboroso, segundo a nutricionista Jeniffer Morais, de brinde o cereal é nutritivo e fonte de energia. Sua principal composição é o carboidrato, seguido de proteínas e gordura. Outro componente são as fibras, que ajudam a diminuir o nível de colesterol e de açúcar no sangue, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. “Ele é completo, com proteínas, carboidratos e baixíssima quantidade de gordura, e contém minerais como fósforo, manganês magnésio, zinco, cobre, ferro e selênio”, acrescenta.

Os benefícios não param por aí. O grão de milho possui quantidades consideráveis de tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), niacina (vitamina B3), vitamina C, e é riquíssimo em substâncias antioxidantes, que combatem a ação dos radicais livres: os principais provocadores do desenvolvimento de câncer. Ainda é recomendado para o tratamento de Alzheimer. “É um cereal que deve ser incluído na nossa dieta porque ele ajuda a atender todas as exigências fisiológicas do organismo”, aconselha Jeniffer.

O cereal também é recomendado para pessoas portadoras de diabetes tipo 1 ou 2, já que possui baixo índice glicêmico. Outra vantagem é que é um dos poucos alimentos que não sofre alteração em suas propriedades quando congelado. No dia a dia, é possível cozinhar e congelá-lo inteiro ou em pequenas porções fora da espiga. Além do milho, o cabelo não precisa ser descartado e sendo feito em chá torna-se uma fonte de saúde por ser interessante para diminuir do organismo o excesso de ácido úrico.

Moderação

Apesar das vantagens, o exagero nunca é recomendável. O milho tem alto valor energético e por isso quem não pensa em ganhar aquele quilinho indesejável a dica é consumir com moderação. Nas festas juninas o perigo pode ser ainda maior porque o cereal costuma vir acompanhado de alimentos bem calóricos, como manteiga, açúcar e leite de coco. “Tudo em excesso não é indicado. Trata-se de um alimento com diversos nutrientes, no entanto, os seus derivados podem ter menor taxa nutricional”, avisa a nutricionista Jeniffer Morais.

Receita

Canjica doce

Ingredientes:

500 g de milho para canjica

2 litros de água

1 lata de leite condensado

400 ml de leite de coco

500 ml de leite

2 paus de canela

1/2 colher (chá) de canela em pó

10 cravos

2 colheres (sopa) de açúcar, ou a gosto

2 xícaras de coco ralado

Modo de preparo

Deixe a canjica de molho na água durante a noite. Numa panela grande, cozinhe a canjica na mesma água por 50 minutos. Quando estiver macia, junte o leite condensado, o leite de coco, o leite e misture bem com uma colher de pau. Acrescente as canelas, o cravo e o açúcar. Deixe levantar fervura, depois diminua o fogo e cozinhe em fogo baixo por 20 minutos, até engrossar. Adicione o coco ralado e, se desejar, adoce mais. Sirva quente em xícaras ou tigelas individuais.