Mauricio Macri, candidato da coligação Mudemos, de centro-direita, foi eleito neste domingo (22) presidente da Argentina. Com votos de 73% das seções eleitorais apurados, Macri vencia com 53,1% e Daniel Scioli, o candidato da presidente Cristina Kirchner, 46,9%. A vitória foi selada quando Scioli reconheceu a derrota com um telefonema para Macri.

Em discurso em seu centro de militância, Scioli disse que já parabenizou o novo presidente argentino em telefonema e desejou-lhe sorte. Em seguida, fez referência a programas do atual governo.

"Deixamos o país com as taxas mais baixa de desemprego e de endividamento. Uma Argentina de oportunidades, de cara para o futuro, com a ciência e a tecnologia como política de Estado", afirmou.

Macri discursará logo mais. Em seu "bunker", mais de 900 pessoas promoviam um clima de festa com ares de show de rock.

O governista vencera o primeiro turno, em 25 de outubro, por margem de 37% a 34% de Macri. Em terceiro lugar ficara o também peronista Sergio Massa (Frente Renovadora), ex-integrante do governo Cristina que correu por fora e teve 5 milhões de votos.

O novo presidente assume no dia 10 de dezembro, colocando fim à chamada era Kirchner, iniciada em 2003, com Néstor Kirchner, e continuada por Cristina em 2007.

Na campanha Macri afirmou que levantará imediatamente as restrições para a compra de dólares impostas pelo governo atual. Terá como tarefas iniciais o combate a uma inflação estimada em 28%, a retomada do crescimento e a criação de empregos formais, estagnados há quatro anos.

Sua principal dificuldade política será, porém, costurar alianças no Congresso para viabilizar suas reformas. Tanto no Senado como na Câmara, a maioria é kirchnerista. Macri se beneficiou de uma cisão dentro do peronismo, que levou boa parte dos eleitores dessa corrente.