O pedido do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Petrolina (PE), de remoção ou bloqueio do perfil 'Beatriz Clama Por Justiça' no Facebook, foi negado pelo juiz Josafá Moreira. A instituição entende que a página online denigre a honra do colégio, mas o juiz considera que o perfil não traz prejuízos para a instituição.

A menina Beatriz Angélica Mota foi assassinada com cerca de 42 facadas durante uma festa de formatura que acontecia dentro do colégio, no dia 10 de dezembro de 2015. A última imagem que a polícia tem de Beatriz foi registrada às 21h59, quando ela pede para ir até o bebedouro, na parte inferior da quadra onde acontecia a festa. Depois, a criança não foi mais vista por nenhuma testemunha.

"Nossas declarações nas redes sociais, rádios e Tvs não tem intuito de denigrir a honra do colégio. Nós estamos confirmando as informações com base jurídica e nas investigações”,disse a mãe de Beatriz, Lúcia Mota.

Lúcia avisou que a campanha com a divulgação de cards não será suspensa e já foi planejada uma segunda fase para deixar a sociedade informada de tudo que está acontecendo. Os cards serão publicados em alemão, espanhol e francês.

As investigações sobre esse caso seguem em sigilo. Até o momento ninguém foi preso. O inquérito está dividido em 13 volumes, com seis anexos, no Ministério Público. Já foram feitas 137 perícias e 208 pessoas foram ouvidas.

O delegado Marceone Ferreira acredita que o assassinato foi planejado para atingir qualquer criança. O promotor Carlan Carlo entende que a morte tenha motivação religiosa. Um suspeito foi apontado como homem que abordou Beatriz no dia. Ele aparece nas câmeras de segurança, rondando o colégio e entrando na escola 20 minutos antes do crime. Um retrato falado foi feito, mas a polícia ainda não tem informações sobre o suspeito.