Uma jovem de 22 anos foi presa suspeita de fazer um aborto e o abandonar no banheiro de uma unidade de saúde de Goiânia. O crime aconteceu neste domingo (21). De acordo com a Polícia Civil, a família da jovem que é bacharel em direito e estudava para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, não sabia da gravidez. 

O feto foi encontrado por funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Curitiba. Ele tinha entre cinco e seis meses e estava na lata de lixo do banheiro. Eles chamaram a polícia.

Após investigação, chegaram até o endereço da suspeita, que nasceu em Darcinópolis (TO), mas morava em Goiânia na casa de tios. Os parentes chegaram a mentir para a polícia afirmando que ela já havia voltado para a cidade natal. Porém, em uma busca pela residência, encontraram a jovem escondida dentro de um banheiro.

“A jovem disse que pesquisou na internet medicamentos contraindicados para gestação e tomou uma grande quantidade deles. No sábado (20) à noite ela começou a se sentir muito mal e procurou atendimento na UPA, mas não disse para os médicos que estava grávida nem que tinha tomados os remédios”, explicou o delegado responsável pelo caso, Hernane de Oliveira Cazer ao G1/Goiás.

A mulher foi até o banheiro da unidade onde o feto foi expelido durante o atendimento. O delegado conta que ela o deixou na lata de lixo, ligou para os tios e foi embora. “Ninguém sabia dessa gravidez. Ela não teve mudanças físicas aparentes e os tios só ficaram sabendo quando a polícia ligou atrás dela”, disse Cazer.

A jovem relatou à polícia que a gravidez era fruto de um relacionamento com um homem que mora em Araguaína, também no Tocantins. “Ela disse que não queria o bebê porque estava passando por um momento conturbado, estava estudando para o exame da OAB e não tinha condições de criar um filho”, concluiu o investigador.

A jovem vai responder por aborto e a pena para esse crime pode variar de 1 a 3 anos. Ela está internada no Hospital Materno Infantil para receber os atendimentos médicos necessários após o aborto.