O Irã emitiu um mandado de prisão para o presidente americano, Donald Trump, e outras 35 pessoas pelo assassinato do general Qassem Soleimani e pediu ajuda à Interpol. A afirmação foi feita pelo promotor de Teerã, Ali Alqasimehr, nesta segunda-feira (29), segundo a agência de notícias iraniana de notícias Fars.

Segundo Ali Alqasimehr, os mandados foram emitidos sob a acusação de ação terrorista e de assassinato.

Qassem Soleimani era líder da Força Quds do Exército de Guardiães da Revolução Islâmica e um dos homens mais poderosos do país. Ele foi morto em um ataque com drone dos Estados Unidos em Bagdá, no Iraque, em 3 de janeiro.

O bombardeio e a execução do general foram ordenados por Trump, que  acusou Soleimani de orquestrar ataques de milícias alinhadas ao Irã contra forças norte-americanas na região.

Alqasimehr afirmou que o Irã pediu à Interpol para emitir um “aviso vermelho” para Trump e as outras autoridades civis e militares dos EUA que são acusadas ​​pela República Islâmica de participar do ataque. Ainda segundo o promotor, o Irã continuará a investigar o assunto após o término do mandato presidencial de Trump. O mandatário americano concorre à reeleição no início de novembro.

O assassinato de Soleimani, de 62 anos, levou os Estados Unidos e o Irã à beira de um conflito armado. Após o ataque em Bagdá que matou o general iraniano, o Irã prometeu vingança e fez um ataque, em 7 de janeiro, contra bases que abrigavam tropas americanas no Iraque.

Além disso, um avião ucraniano com 176 pessoas foi derrubado logo após decolar do aeroporto de Teerã, em 8 de janeiro. Dois dias depois a Guarda Revolucionária assumiu que fez ataque ao avião e que foi um engano.