Os jornais do Brasil e do mundo inteiro destacam nesta terça-feira (2) a tragédia durante a rebelião na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, cidade da região metropolitana de Goiânia, que resultou na morte de nove detentos nessa segunda-feira (1º). 

Os jornais Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e O Globo trouxeram o motim na capa das suas versões impressas desta terça. O periódico carioca destaca que ano-novo repete 2017 e começa com mortes em unidades carcerárias.

Já o britânico The Guardian descreve a queima de colchões e os corpos queimados junto do título “Nove mortes após guerra entre gangues rivais na prisão brasileira”. 

Os portugueses Jornal de Notícias e TVi 24 dão destaque para a carnificina ocorrida em Aparecida de Goiânia, mas relembram que este não é o primeiro episódio de violência dentro das prisões do Brasil.

O norte-americano CBS News e o inglês The Times relataram o massacre e disseram que as imagens chocaram o mundo.

O argentino Clarin enfatizou o "choque sangrento entre gangues em uma prisão brasileira. Um grupo invadiu e queimou o pavilhão de seus rivais, alguns foram decapitados”.

Entre os sites nacionais, O Tempo, Metrópoles, Uol e a revista Veja são alguns dos grandes veículos que abordaram essa tragédia anunciada. 

O motim

Segundo a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), a rebelião começou quando presos que estavam na ala C,  invadiram as alas A, B e D. Durante o confronto, os detentos chegaram a incendiar a unidade prisional. Foi preciso a ação do Copro de Bombeiros para apagar o incêndio. O Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), com  apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, foram acionados para retomar o controle do presídio.

Dados

Em setembro de 2017, O POPULAR noticiou que de 113 unidades prisionais em Goiás, 51 apresentam índices que caracterizam quadro de superlotação. Isto equivale a 45,1% do total de presídios goianos, o que indica ainda certa concentração na distribuição dos detentos. Enquanto existem locais que ultrapassam os 1.000% além da capacidade máxima, existem aqueles que estão bem abaixo, com um total de apenas sete, oito detentos, conforme dados repassados pela Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás (Seap/GO) ao Ministério Publico do Estado de Goiás (MP/GO).