Conforme dados do Atlas da Violência 2017, divulgado hoje (4) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Tocantins apresentou números alarmantes de homicídios. Entre os anos de 2005 e 2015, o número de homicídios teve um aumento de 164,7%. Em 2005 foram registrados 190 mortes e em 2015 foram 503. 

Na faixa etária entre 15 e 29 anos, o aumento do registro de homicídio foi ainda maior, de 176,1%. Em 2005 foram 88 e em 2015, 243 mortes. No Brasil, jovens dessa faixa etária são as principais vítimas e, entre 2012 e 2015, mais de 30 mil pessoas nessa faixa etária foram assassinadas por ano no país.

Já apenas entre os anos de 2014 e 2015, o aumento foi de 32%, sendo que no primeiro foram registrados 381 homicídios. 

Quanto ao número de homicídios de mulheres, em 2015 foram registrados 21 e em 2015 foram 48, representando aumento de R$ 128,6%.

Dados nacionais

Apesar de 2015 ter registrado uma queda de 3,6% em relação a 2014, o número de jovens mortos continuou acima dos 30 mil, com 31.264. A situação se repete desde 2012 e atingiu o pico de 32.436 em 2014.

De 2005 a 2015, o número de jovens mortos no país cresceu 16,7%. Enquanto a taxa de homicídios da população em geral é de 28,9 casos para cada 100 mil habitantes, entre os jovens a proporção é de 60,9 casos.

Dentro dessa faixa etária, as principais vítimas são os homens jovens. Entre eles, a taxa de homicídios chega a 113,6 casos por 100 mil habitantes. O problema se agrava em alguns estados, onde a taxa pode ser o dobro da nacional.

Em Alagoas, 233 homens jovens de 15 a 29 anos foram assassinados para cada 100 mil homens dessa faixa etária. Sergipe tem a segunda maior taxa, com 230,4 para 100 mil.

O Rio Grande do Norte registra 197,4 casos para 100 mil habitantes nessa faixa etária e gênero, mas foi o estado que teve o maior salto no período de 2005 a 2015: 313,8%.