O governo da China concluiu neste domingo, 2, a construção de um dos dois hospitais provisórios de Wuhan, que irão abrigar os pacientes infectados pelo coronavírus. A obra, que demorou dez dias para ser concluída, será inaugurada na próxima segunda-feira, 3.

A construção começou no dia 23 de janeiro e está localizada no distrito de Caidian - que também abriga o Sanatório dos Trabalhadores.

Segundo informações da imprensa local, o hospital ocupa uma área de 25 mil m² e possui mil leitos. A equipe médica será composta por 1.400 agentes de saúde das forças armadas, dentro os quais estão membros do exército, da marinha e da força áerea chinesa.

Para erguer o Hospital Huoshenshan em apenas dez dias, os operários trabalharam em turnos nas 24 horas do dia. Estima-se que cada um deles recebeu US$ 173 por dia, valor que é três vezes acima do que os trabalhadores da categoria costumam receber no país.

Além do Huoshenshan, outro hospital também está sendo construído em Wuhan, que fica na província de Hubei. O Leishenshan - cuja obra pode ser acompanhada em tempo real no YouTube (veja abaixo) -, vai ter espaço para 1.600 leitos. A expectativa é que os trabalhos sejam concluídos na próxima quarta-feira, 5.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a China responde com prontidão a uma ameaça de saúde. Em 2003, durante a epidemia de Sars (Síndrome Aguda Respiratória Grave), o governo do país asiático surpreendeu a comunidade mundial ao construir um hospital em Pequim em apenas sete dias.

Até o momento, a doença já causou 305 mortes e deixou mais de 14 mil infectados pelo mundo, sendo que o primeiro caso de morte fora do país asiático aconteceu na madrugada deste domingo, nas Filipinas.

E em meio ao surto de casos, o governo brasileiro anunciou também neste domingo, que vai repatriar os cidadãos que estiverem em Wuhan. A decisão foi tomada após um grupo publicar um vídeo pedindo ajuda do Brasil, para conseguir deixar a China. No entanto, o local para onde eles serão levados, até que seja cumprido o período de quarentena, ainda não foi informado./ Com informações da Reuters, Washington Post e Agência Brasil.