Uma pesquisa divulgada na semana passada, pela Universidade de Tecnologia do Sul da China, avaliou os riscos à saúde proporcionados pelo uso de incenso em ambientes fechados. O estudo também faz uma comparação com os efeitos do cigarro no organismo. Já se sabe que o processo de queima do incenso libera partículas no ar que podem ser inaladas e provocar reações inflamatórias nos pulmões. Mas, foram realizados testes com fumaças de incenso e cigarros em amostras de bactéria Salmonella e em células do ovário de hamsters chineses. A fumaça resultante do incenso se mostrou mais tóxica em três aspectos: ela é mais mutagênica, ou seja, suas propriedades químicas podem causar mutações genéticas no DNA; ela também é mais citotóxica e genotóxica, causando maiores danos às células, sobretudo ao material genético. Todas essas toxinas estão relacionadas ao desenvolvimento de câncer. Foram testadas quatro amostras de incenso feitas à base de sândalo e agar que continham ao todo 64 compostos. A maioria deles só provoca irritações ou são levemente danosos, mas ingredientes contidos em duas das amostras eram altamente tóxicos. É importante destacar que o estudo foi feito em parceria com uma empresa de tabaco chinesa, o que já levanta algumas suspeitas sobre sua credibilidade. Mas, o conteúdo do artigo, entretanto, aparenta ser isento. O líder da pesquisa, Rong Zhou, acredita que ainda não é possível concluir que a fumaça de incenso é mais tóxica que a de cigarro, “pois a amostra avaliada é muito pequena se comparada com a imensa variedade de produtos disponível no mercado”. Ele também citou o fato de que não se fuma incenso também deve ser levado em consideração.-Imagem (1.935354)