-Imagem (1.561018)Desde a última terça-feira os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) sofrem com a falta de Unidades de Terapias Intensivas (UTI) disponíveis no Hospital Maternidade Dona Regina, isso porque a Intensicare Palmas, empresa responsável pelos serviços, suspendeu os atendimentos devido à falta de repasses por parte do governo. A filha de Eliene Gomes, por exemplo, precisa fazer uma cirurgia e não consegue por falta de vaga na UTI. “Minha gravidez foi de risco e já faz 15 dias que espero uma vaga na UTI. Fui avisada que a vaga existe, mas não foi liberada por falta de pagamento”, explicou em entrevista à TV Anhanguera. Outras mães também reclamam da situação e temem pela vida dos filhos.O defensor público estadual Arthur Luiz Marques, que viu a situação no Hospital Dona Regina de perto ontem, explicou também em entrevista a TV, que a relação empresa/Estado não pode se sobrepor à situação urgente do hospital. “Existem pacientes com iminência de óbito e caso a empresa não oferte os leitos de UTI, o responsável pode sofrer penalidade criminal e omissão de socorro.” Para o defensor, o Estado é corresponsável.Marques também explicou que, por existirem leitos de UTI disponíveis e que não estão sendo ofertados por problemas financeiros da empresa com o Estado, esse caso não se enquadra nas possibilidades legais de transferência, pois pode aumentar o rico de morte aos pacientes e também aumenta os custos do governo. “Nós não concordamos com essa situação e aguardamos os prontuários médicos para ajuizar as ações na justiça para obter uma liminar, tanto contra o Estado, quanto contra a prestadora de serviço”, informou o defensor.SuspensãoDe acordo com a Intensicare, as unidades com atendimento para adulto, pediatria e neonatal foram suspensas devido ao atraso nos pagamentos, e informou que há faturas referentes a setembro do ano passado em atraso. Apenas os pacientes que deram entrada nas UTIs, antes da suspensão, permanecem internados. A empresa não quis comentar sobre as declarações do defensor público.Já a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou, em nota, que após intermediação da Defensoria Pública, os proprietários da Intensicare aceitaram ofertar vagas de UTI às crianças. Uma reunião foi marcada para a próxima semana para tratar da situação.