O ex-presidente do Egito Mohamed Morsi morreu nesta segunda-feira (17), aos 67 anos de idade, após passar mal em um tribunal durante um julgamento por espionagem.

Segundo a TV estatal egípcia, o ex-mandatário desmaiou e faleceu logo em seguida. Seu corpo foi levado para um hospital, e a emissora diz que a causa da morte foi uma "crise cardíaca".

Nesta tarde, o governo do Egito declarou estado de emergência depois da tragédia.

Expoente da Irmandade Muçulmana, Morsi foi eleito presidente em 2012, na primeira eleição livre no Egito depois da queda do ditador Hosni Mubarak, mas acabou derrubado por um golpe militar no ano seguinte.

O levante foi liderado pelo então general Abdel Fattah al Sisi, que desde então governa o país em um regime autocrático e colocou a Irmandade Muçulmana na ilegalidade. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, chamou Morsi de "mártir" e enviou condolências ao povo egípcio. O governo reforçou as medidas de segurança nas ruas para conter eventuais manifestações.