O pai da menina Ana Clara Pires Camargo, de 7 anos, o subtenente do Corpo de Bombeiros, Arlindo Sebastião Camargo, esteve no local onde o corpo da filha foi encontrado na manhã desta terça-feira (22), em um terreno baldio de uma estrada vicinal, próximo à Embrapa, na GO-462, em Santo Antônio de Goiás.

"Eu não esperava encontrar ela dessa maneira. Esperava que ela voltasse com vida e saúde, mas não dessa maneira. Não tenho nem palavras", disse o pai emocionado, que contou também que ainda não viu o corpo. "Estou esperando a perícia da Polícia Civil".

Arlindo e a mãe de Ana Clara, Glauciane Pires Silva, estão separados há quatro anos e a menina morava com a mãe e o padrasto. "Tem três anos que eu não vejo minha filha. Desde a separação, eu peguei ela umas três vezes para sair comigo. Eu não tinha como cuidar dela", afirmou o pai.

O subtenente comentou em entrevista a rádio CBN Goiânia, que Glauciane pediu para ele ficar longe da filha. "Um dia liguei para a avó dela para saber noticias e ela estava na casa. Conversamos e ela disse: 'que dia o senhor vem me buscar? quero ir embora', mas aí a mãe dela pegou o telefone e pediu para eu não me aproximar mais dela porque ela tinha um pai que estava cuidando bem dela: 'não quero que ela fique com a cabeça virada' ela falou", revelou Arlindo, que teria retrucado, "Para não ter confusão eu achei melhor me afastar e falei: 'olha, quando ela completar 18 anos, ela vai querer conhecer o pai e ai sim vamos conversar'".

Indignado com a situação, o pai também pediu que a justiça seja feita. "A nossa justiça é muito falha, mas eu espero que ele pague pelo o que fez, seja preso, que os juízes se sensibilizem e que ele pegue muito tempo de cadeia" finalizou.