De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os alunos não podem tirar Carteira Nacional de Habilitação (CNH), categoria B, se não fizerem aulas no simulador de direção veicular, entretanto no Tocantins o sistema ainda não foi implantado.

Na resolução 543, de 15 de julho de 2015, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os interessados em tirar a carteira de motorista, categoria B (que habilita a conduzir carros), devem, obrigatoriamente, receber aulas no simulador de direção veicular nas autoescolas desde o dia 1º de janeiro deste ano, sendo que das 25 horas de aula prática, cinco devem ser realizadas no simulador de direção, incluindo uma no período noturno.

De acordo com João Elói Cardoso, gerente de Planejamento do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-TO), devido ao preço do simulador - que custa cerca de R$ 48 mil - o órgão ainda está estudando a melhor possibilidade de implantação do sistema no Estado. “Eu acredito que não tem como o Denatran penalizar um estado todo sem um precedente, vamos estudar e em dez dias devemos ter uma solução”, explicou.

Segundo ele, até o momento, apenas quatro estados brasileiros utilizam esse sistema: Acre, Rio Grande do Sul, Paraíba e Alagoas. No Tocantins, Cardoso informou que serão necessários cerca de 100 simuladores para atender toda a demanda. “O Detran está estudando a possibilidade das empresas adquirirem ou do próprio órgão adquirir, fornecendo a utilização para as autoescolas”, informou.

Ainda de acordo com o gerente do órgão, a fiscalização por parte do Detran só será exigida após o vencimento do prazo de carência para adaptação do simulador.

Já o Denatran informou através da assessoria de comunicação, que o uso do simulador nos cursos de habilitação é obrigatório desde o dia 1º de janeiro deste ano em todo o País e que, caso isso não ocorra, o aluno não conseguirá ter sua CNH.

Autoescolas

Para cumprir a resolução, o proprietário de uma autoescola da Capital, Ícaro Lopes, disse que comprou o simulador no ano passado, mas que ainda não está utilizando porque está esperando o Detran dar a autorização para o funcionamento do equipamento.

Gilberto Bispo de Sena, dono de outra autoescola palmense, aguarda a decisão do Detran e disse que não irá comprar o equipamento. “É muito caro e a manutenção é caríssima”, alegou.

Outras autoescolas também foram procuradas pela reportagem, mas não souberam informar sobre a obrigatoriedade do simulador no Estado.