A Justiça do Egito absolveu nesta quinta-feira (2) o ex-ditador Hosni Mubarak pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram a sua deposição, em 2011.

Mubarak, seu ministro do Interior e seis auxiliares foram condenados em 2012 à prisão perpétua, mas o veredicto foi anulado dois anos depois por falhas técnicas no julgamento.

Na decisão desta quinta, o tribunal rejeitou os pedidos de vítimas para reabrir inquéritos sobre o caso, esgotando a possibilidade de recursos.

O ex-ditador 88 anos está em um hospital militar no Cairo, onde serviu uma pena de três anos de prisão, após ser condenado por corrupção em outro processo.

Centenas de manifestantes foram mortos pelas forças de segurança durante os protestos contra o regime de Mubarak, que fizeram parte do levante popular conhecido como Primavera Árabe.

As manifestações levaram à renúncia do mandatário, pondo fim a um regime de três décadas e abrindo o caminho para eleições livres no país.

O primeiro presidente eleito no Egito, o islamita Mohammed Mursi, foi deposto em um golpe militar em 2013 e cumpre pena de prisão perpétua por espionagem e vazamento de dados para outros países.