Dois profissionais da área da saúde tiveram forte reação alérgica depois de receber a vacina da Pfizer/BioNTech contra Covid-19 no Alasca, Estados Unidos. Um deles precisou ser internado.

Segundo o jornal New York Times, os dois trabalham no mesmo local, o Hospital Regional Bartlett, em Juneau, capital do Estado.

Uma das pessoas é uma mulher sem histórico de alergias. A reação alérgica teve início 10 minutos depois de ela receber a dose do imunizante, na terça-feira (15). A mulher teve erupções cutâneas no rosto e tronco, e sofreu de falta de ar e aumento da frequência cardíaca.

Lindy Jones, diretora médica do departamento de emergência do hospital, disse que a mulher está sendo tratada com esteroides e injeções de epinefrina. Quando a medicação é retirada, as reações alérgicas reaparecem. Por isso, ela segue internada.

O segundo caso foi de um homem que recebeu a dose na quarta-feira (16). Ele teve inchaço nos olhos, tontura e coceira na garganta. Foi levado ao pronto-socorro e liberado depois de uma hora.

Jerica Pitts, porta-voz da Pfizer, disse que a empresa ainda não tinha todos os detalhes dos casos ocorridos no Alasca, mas que está trabalhando com as autoridades locais de saúde. Segundo ela, a vacina vem com informações alertando que o tratamento médico deve estar disponível no caso de uma reação alérgica rara.

“Vamos monitorar de perto todos os relatórios de reações alérgicas graves depois da vacinação e atualizar a linguagem do rótulo, se necessário”, declarou.

Casos semelhantes já tinham sido relatados no Reino Unido. Em 8 de dezembro, primeiro dia de vacinação no país, duas pessoas tiveram reações alérgicas ao imunizante da Pfizer/BioNTech.

A MHRA (Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido) informou que eles foram tratados e estavam bem. A agência recomendou que pessoas com histórico de reações alérgicas severas não recebam a imunização.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram o resultado final dos testes em 18 de novembro. A vacina mostrou 95% de eficácia na prevenção da Covid-19. Os estudos não mostraram nenhum evento que motivasse preocupações de segurança.

A FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, aprovou a vacina da Pfizer/BioNTech em 11 de dezembro. Dois dias depois, em 13 de dezembro, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) anunciou a autorização para uso emergencial do imunizante.

A vacinação teve início na segunda-feira (14). Ainda não se sabe quantos norte-americanos já receberam as doses. Alex M. Azar, secretário de Saúde e Serviços Humanos, disse que seu departamento divulgaria os dados em “alguns dias ou talvez uma semana”.