A morte do general iraniano Qassim Suleimani causa forte reação na sociedade iraniana. Nesta sexta-feira (3), dezenas de milhares estão reunidos na capital, Teerã, protestando e exigindo vingança contra os EUA. Também haveria mobilizações em outras cidades do iranianas. A informação é da CNN internacional.Tens of thousands of people are rallying on the streets of Iranian capital Tehran following the US airstrike that killed Qasem Soleimani. https://t.co/OdPzDFs4kP pic.twitter.com/V16zAWNyDO— CNN (@CNN) January 3, 2020O general era um dos homens mais poderosos do Oriente Médio. Ele também era um herói nacional no Irã, representando a resiliência do país contra as retaliações internacionais dos EUA.Qassim Suleimani era o mais alto comandante do setor de inteligência e das forças de segurança iranianas. Liderava a poderosa Força Quds do Exército de Guardiães da Revolução Islâmica.Acredita-se que Soleimani esteve por trás de praticamente todas as operações significativas da inteligência e das forças militares iranianas durante as duas últimas décadas.O ataque americano foi desferido por meio um drone MQ-9 Reaper, que disparou mísseis contra um comboio que deixava o aeroporto de Bagdá. Além de Suleimani, morreram também membros de milícias iraquianas apoiadas por Teerã.“Por ordem do presidente, as Forças Armadas dos Estados Unidos tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal americano no estrangeiro, matando Qassem Soleimani”, disse o Departamento de Defesa americano, em comunicado divulgado na quinta-feira (2).O Departamento de Defesa acusa Soleimani de aprovar o ataque inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdá no início desta semana. Assim, disseram os EUA, o ataque ao general “teve como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos”.O líder supremo do Irã prometeu vingar a morte do general. “O martírio é a recompensa pelo trabalho incansável durante todos estes anos. Se Deus quiser, o seu trabalho e o seu caminho não vão acabar aqui. Uma vingança implacável aguarda os criminosos que encheram as mãos com o seu sangue e o sangue de outros mártires”, afirmou Ali Khamenei, líder supremo do Irã.