Os 11 detidos que participavam de uma cerimônia simbólica que representava um casamento entre pessoas do mesmo sexo no Senegal, país com uma legislação que pernaliza os homossexuais, foram libertados nesta terça-feira, informou a imprensa local.

"As acusações não são suficientes para pôr sob ordem judicial os detidos", disse o magistrado, citado pela emissora "Rádio Futur Media".

Os fatos ocorreram na sexta-feira passada em uma escola da cidade de Kaolack, situada a 190 quilômetros ao sul de Dacar, que foi invadida pela polícia durante o ato de união de dois homens, que acabou prendendo alguns presentes e apreendeu as alianças de casamento e outros objetos.

As forças da ordem senegalesas já detiveram em 2008 um casal do mesmo sexo que realizava um casamento no município de Mbao, nos arredores de Dacar.

O Código Penal do Senegal prevê penas de até cinco anos de prisão e multas de até US$ 3 mil para quem realizar atos "impróprios ou antinaturais com uma pessoa do mesmo sexo".

Em agosto, um tribunal de Dacar condenou a seis meses de prisão sete pessoas por homossexualismo.