Após a Polícia Civil concluir o crime como legítima defesa, o Ministério Público de Minas Gerais apresentou à Justiça na tarde desta quinta-feira (7), uma denúncia contra o cunhado da apresentadora Ana Hickmann, Gustavo Correa, por homicídio.

Gustavo matou o fã da artista, Rodrigo Augusto de Pádua, no dia 21 de maio, quando ele atirou contra sua mulher, Giovana Oliveira, assessora da apresentadora, em um hotel em Belo Horizonte (MG).

Agora, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais vai ter que decidir se aceita ou não a denúncia feita pelo promotor Francisco Santiago. Para o advogado de Gustavo Correa, Maurício Benfica, o caso é legítima defesa e ele não vai se pronunciar.

Segundo o inquérito, Rodrigo rendeu Ana Hickmann, Giovana Oliveira, e Gustavo Correa com um revólver. Durante a luta corporal, Gustavo atirou e matou Rodrigo no quarto do hotel, após o fã balear Giovana, que ficou mais de dez dias internada.

No depoimento, Gustavo contou que mordeu Rodrigo com muita força para tentar contê-lo e depois atingiu o fã com três tiros. Polícia afirma que em nenhum momento, houve qualquer "rendição" do fã.

A apresentadora e o cunhado não ficaram feridos. O delegado Flávio Grossi entende que o tiro era para matar Ana Hickmann.

A polícia fez perícia no celular e em um pen drive de Rodrigo, onde continha mais de 10 mil fotos, a maioria da apresentadora da Rede Record, com declarações de amor e montagens de cunho sexual, o que revela a obsessão de Rodrigo por Ana. O delegado de Homicídios Flávio Grossi disse que a família de Rodrigo sabia do fascínio dele pela modelo.

A perícia ainda afirmou que o fã fez uma pesquisa na internet sobre detectores de metais em hotel e se uma munição calibre 22 era mortal ou não. Rodrigo escolheu a munição 38, que tem mais força e é expansiva.

A polícia disse também que apenas uma arma estava no local do crime e após um exame foi comprovado que Rodrigo atirou. A arma utilizada tinha numeração raspada e em um papel com anotações do fã, é possível concluir que o crime foi planejado, já que estava escrito que caso não houvesse "sucesso" no hotel, ele iria até o show room, onde Ana Hickmann participaria de um evento. Caso ainda não desse certo, ele iria para o aeroporto atrás dela.

Rodrigo tinha 30 anos, era morador de Juiz de Fora e foi para a capital mineira apenas com uma passagem de ida. Segundo a polícia, ele não tinha consumido bebida alcóolica nem droga.