Foi concluído, nesta quinta-feira, o inquérito relacionado a uma professora, de 37 anos, que confessou ter matado a filha recém-nascida e escondido o corpo por 5 anos em um escaninho de um prédio no Setor Bueno, em Goiânia. 

Segundo a delegada Ana Cláudia Stoffel, responsável pelo caso, foi descartada a participação do ex-marido da mulher no crime. Em seu depoimento, a professora chegou a dizer que ele sabia da gravidez, que era fruto de um caso extraconjugal, e teria pedido para ela dar um jeito na situação.

De acordo com o G1, a investigadora afirmou que testemunhas foram ouvidas e concluiu-se que a acusada escondeu a gravidez do então parceiro desde o início até o parto. 

A delegada ainda acredita que o crime foi premeditado, já que a acusada não comprou enxoval e não fez acompanhamento Pré-natal. A professora está presa preventivamente e foi indiciada por homicídio e ocultação de cadáver. Se condenada, ela poderá pegar até 33 anos de prisão. O inquérito já foi remetido ao Poder Judiciário.

O crime

A professora, que também é mãe de uma menina de 12 anos, teria dado à luz em 2011 a uma menina fruto de um relacionamento extraconjugal. Após o parto, que foi feito em uma maternidade particular da capital, ela teria recebido alta e matado a filha em um local público, tampando seu nariz. Em seu depoimento à polícia, ela afirmou que chegou a hesitar por um momento antes de cometer o crime (veja o depoimento no vídeo abaixo). 

A acusada escondeu o corpo da filha por cinco anos. O cadáver só foi descoberto quando o ex-marido, de quem ela se separou em outubro de 2015 por causa de outro caso fora do casamento, encontrou uma caixa no escaninho da garagem do apartamento onde ambos moravam.