A Coreia do Norte realizou nesta segunda-feira (21), um novo lançamento múltiplo de mísseis de curto alcance ao mar, em meio ao clima de tensão provocado pelas sanções da ONU ao regime de Kim Jong-un e pelos exercícios militares de Seul e Washington na Coreia do Sul.

O Exército Popular norte-coreano lançou hoje às 2h49 (horário de Pyongyang, 3h19 de Brasília) vários mísseis da cidade litorânea de Hamhung, que voaram cerca de 200 quilômetros até cair em águas do mar do Leste (Mar do Japão), informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.

Por enquanto, Seul não confirmou detalhes como o número ou o tipo dos projéteis lançados por Pyongyang, mas reforçou sua postura de defesa e vigia dos movimentos das tropas do país vizinho perante a possibilidade de novas "provocações", declarou o porta-voz.

Trata-se do quarto lançamento apenas neste mês, depois que o Estado comunista disparou mísseis de curto alcance em duas ocasiões e de médio alcance na sexta-feira passada.

Os três testes de mísseis norte-coreanos anteriores geraram protestos da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e do Japão, que os consideram uma violação das resoluções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ao país por seus testes nucleares e de mísseis.

Pyongyang procura, segundo especialistas, exibir poderio militar frente a Seul e Washington, que durante os meses de março e abril realizam em território sul-coreano as maiores manobras militares até o momento com a participação de mais de 17.000 soldados americanos e 300.000 do país asiático.

A Coreia do Norte considera esses exercícios um "ensaio de invasão" de seu país e ameaçou com um ataque nuclear preventivo.

O regime de Kim Jong-un também se encontra sob pressão nos últimos dias após ser castigado com duras sanções da ONU por seu teste nuclear de janeiro e pelo lançamento espacial de fevereiro, considerado um teste encoberto de um míssil balístico intercontinental.

Às sanções da ONU, que impõem à Coreia do Norte fortes restrições comerciais, se somam às medidas unilaterais de Coreia do Sul, EUA e Japão para tentar afogar a economia do país e forçá-lo a abandonar seu desenvolvimento de armas nucleares e de destruição em massa.