O Departamento de Estado dos Estados Unidos publicou em seu site e no Twitter uma oferta encorajando a contratação de médicos e enfermeiros "que buscam trabalho no EUA ou querem trocar o visto de visitante, principalmente os que estão lidando com a pandemia de coronavírus".

O anúncio indica que os profissionais que já estão nos EUA com esse tipo de visto podem falar com as autoridades sobre a possibilidade de estendê-los. A notícia provocou o temor de que os Estados Unidos estejam tentando tirar médicos de países que já estão sofrendo com a pandemia do coronavírus e poderiam ficar sem mão de obra qualificada em um momento de extrema necessidade.

O serviço de vistos nas embaixadas americanas no mundo todo foi suspenso no último dia 20 e a maioria das sedes diplomáticas dispensou seus funcionários. Em outra mensagem, divulgada na quinta-feira (26), o Departamento de Estado anunciou a realização de entrevistas pessoais para vistos H-2 (que incluem médicos).

O Departamento de Estado esclareceu nesta sexta-feira (27) que o pedido se aplica somente aos indivíduos que já têm "certificado de elegibilidade" para seus vistos - e não era um meio para convidar outras pessoas a solicitar o visto. Não ficou claro, no entanto, se governo americano estava passando na frente na fila de vistos as pessoas com capacidade para atender pacientes contaminados com o coronavírus.

O anúncio inicial provocou revolta nas mídias sociais, entre pessoas do mundo todo, que acusaram o governo dos EUA de promover uma potencial debandada de médicos e enfermeiros de países com sistemas de saúde mais fracos. Outros analistas destacaram o quão difícil é obter esse tipo de permissão. Isso às vezes pode levar anos para ser aprovado, pois as regras podem ser mudadas drasticamente em momentos de crise.

Equipamento.

Nesta sexta-feira (27), a pandemia avançou mais nos EUA, que romperam a barreira dos 100 mil infectados. O presidente Donald Trump pediu às montadoras Ford e General Motors que comecem "imediatamente" a produzir respiradores para responder à disparada da demanda. As primeiras unidades estarão disponíveis a partir de abril, disseram a General Motors e a Ventec Life Systems, em comunicado. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.