A militar Chelsea Manning, condenada a 35 anos de prisão por ter vazado centenas de milhares de documentos confidenciais dos Estados Unidos ao site WikiLeaks, continuará sendo soldado após sua libertação.

O anúncio foi feito pelo próprio Exército norte-americano, que disse, no entanto, que Manning não receberá salário, embora tenha direito a tratamentos médicos gratuitos. Batizada como Bradley Edward Manning, ela mudou de nome e gênero após sua prisão, onde também iniciou um tratamento hormonal para mudança de sexo.

Manning teve sua pena reduzida para sete anos por Barack Obama a poucos dias do fim de seu mandato, em janeiro passado, permitindo a libertação da militar em 17 de maio. O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, havia prometido se entregar caso a soldado deixasse a cadeia.

Os arquivos secretos vazados por Manning foram obtidos na época em que ela trabalhava como analista de inteligência militar. Em seu período na prisão, a soldado tentou se suicidar em pelo menos duas ocasiões e chegou a fazer greve de fome.