Sete crianças de uma família de refugiados sírios morreram nesta terça-feira, 19, em um incêndio na casa que ocupavam na cidade canadense de Halifax, no litoral atlântico do país. Além dos sete menores, dois adultos - um homem e uma mulher - foram internados após ficarem feridos no incêndio que começou durante a madrugada.

Em entrevista coletiva hoje, o chefe adjunto dos bombeiros de Halifax, David Meldrum, declarou que os serviços de emergência receberam "várias" chamadas informando um incêndio em um dos bairros da cidade. Quando os bombeiros conseguiram apagar o fogo, descobriram os corpos das sete crianças, acrescentou Meldrum.

O chefe adjunto dos bombeiros também declarou que foram iniciadas as investigações para determinar as causas do incêndio e qualquer "especulação" neste momento sobre o que teria gerado o fogo seria inadequada.

Vizinhos entrevistados por veículos de imprensa locais disseram que ouviram uma explosão momentos antes do início do incêndio e alguns especularam que pode ter sido um botijão de gás.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, expressou através do Twitter suas condolências pela tragédia.

"Faltam palavras quando crianças são tiradas de nós tão cedo, especialmente em circunstâncias como essas. Meu coração está com os sobreviventes do horrível incêndio em Halifax nesta manhã, e os entes queridos que estão lamentando essa tremenda perda", disse Trudeau.

Words fail when children are taken from us too soon, especially in circumstances like this. My heart goes out to the survivors of the horrible fire in Halifax this morning, and the loved ones who are mourning this tremendous loss. — Justin Trudeau (@JustinTrudeau) 19 de fevereiro de 2019

O centro comunitário e mesquita Ummah de Halifax informou no Facebook que os sete menores mortos eram filhos do casal que ficou ferido no incêndio.

Segundo uma mensagem publicada pela mesquita, o mais jovem entre os mortos tinha quatro meses, enquanto o mais velho, 14 anos.

O imã da mesquita, Abdalá Yusri, disse à emissora de televisão CTV que a família chegou ao Canadá há dois anos fugindo da guerra na Síria e era originária da cidade de Raqqa, antiga "capital do califado" que o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) proclamou em junho de 2014.