A Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA, agência independente ligada ao governo, descobriu o que acredita configurar informação confidencial em meio a 15 caixas de documentos da Casa Branca que Donald Trump levou para sua residência na Flórida após deixar a Presidência.

O material foi devolvido somente em janeiro deste ano, um ano após o republicano deixar a Casa Branca, depois de um vaivém judicial entre sua defesa e a Administração de Arquivos e Registros.

A agência independente pediu que o Departamento de Justiça americano investigue o caso, segundo duas pessoas familiarizadas com o tema relataram ao jornal The Washington Post.

O assunto também repercutiu no Legislativo, e o comitê de supervisão da Câmara dos Deputados anunciou o início de uma investigação sobre a suposta manipulação dos registros oficiais por Trump.

A democrata Carolyn Maloney, que preside o colegiado, disse estar profundamente preocupada com o fato de os registros não terem sido entregues por Trump logo no final de seu governo, o que poderia configurar uma violação à Lei dos Registros Presidenciais, que exige a preservação de toda a comunicação escrita relacionada aos deveres oficiais de um presidente.

Entre os documentos, estavam as versões originais de uma carta que o ex-presidente Barack Obama deixou para Trump quando ele foi empossado e de cartas enviadas pelo ditador norte-coreano, Kim Jong-un, ao republicano, segundo a mídia americana.