O Brunei pretende colocar em vigor no próximo dia 3 de abril uma lei que punirá homossexuais e adúlteros com o apedrejamento até a morte.

O pequeno país islâmico de 450 mil habitantes localizado no sudeste asiático escreveu um novo - e criticado - Código Penal baseado na sharia. O novo texto prevê também penas como amputação de uma mão e de um pé para crime de furto.

A lei da sharia, no entanto, será aplicada somente aos cidadãos muçulmanos, que representam dois terços da população total do Brunei.

Governador pelo sultão Hassanal Bolkiah, o país adotou nos últimos anos a interpretação mais conversadora do Islã. Em 2014, o governo anunciou a intenção de introduzir a sharia, o que despertou críticas de organizações de direitos humanos. A ONG Anistia Internacional pediu que o governo "interrompa imediatamente" essa nova política, definida como "profundamente errada".

As bebidas alcoólicas já são proibidas no Brunei, que impõe condenações a quem não comparece às tradicionais orações de sextas-feiras.

No poder desde 1968, Hassanal Bolkiah é um dos líderes políticos mais ricos do mundo, com uma fortuna pessoal de cerca de US$ 20 bilhões.