A Fundação Right Livelihood Award concedeu nesta quinta-feira (22), o denominado "Nobel Alternativo" deste ano aos "capacetes brancos" da Síria, a ativista russa Svetlana Gannushkina, a feminista egípcia Mozn Hassan e o jornal opositor turco "Cumhuriyet".

O júri reconheceu o trabalho da organização Defesa Civil síria no resgate de pessoas no conflito bélico, a luta pela igualdade de direitos de Mozn Hassan e o grupo Nazra para estudos feministas, o compromisso de Svetlana com os direitos humanos e a defesa da liberdade de expressão de Cumhuriyet.

Os vencedores repartirão de forma equitativa os 3 milhões de coroas suecas (cerca de 320 mil euros) do prêmio, informou a fundação, que tem sua sede em Estocolmo.

A decisão destacou a "coragem excepcional, sensibilidade e compromisso humanitário para resgatar os civis" no conflito que afeta ao país da Defesa Civil síria, grupo criado em 2013 e que na atualidade conta com 3 mil voluntários de comunidades locais, que ajudam também na reconstrução de infraestrutura pública.

Já a russa Svetlana Gannushkina, vinculada as ONGs Comitê de Assistência Cívica e Memorial, se distingue "por suas décadas de compromisso com os direitos humanos e a justiça para os refugiados e migrantes forçados, e por promover a tolerância entre os diferentes grupos".

O júri reconheceu também a egípcia Mozn Hassan e a organização Nazra para estudos feministas "por afirmar a igualdade e os direitos das mulheres em um contexto onde são objeto de permanente violência, abuso e discriminação".

O jornal "Cumhuriyet", o mais antigo da Turquia, foi premiado por exercer o jornalismo de investigação "sem medo" e se comprometem com a liberdade de expressão "contra ameaças de opressão, censura, prisão e ameaças de morte".