-Imagem (1.1905943)Dois assessores de Rudy Giuliani, advogado pessoal do presidente Donald Trump, foram presos nesta quinta-feira, 10.Lev Parnas e Igor Fruman, foram indiciados por violar a lei eleitoral americana. Eles também financiaram esforços para a investigação de adversários políticos de Trump. Os dois, americanos de origem ucraniana, são testemunhas importantes do processo de impeachment contra o presidente.Parnas e Fruman ajudaram Giuliani a investigar negócios de Hunter Biden, filho do pré-candidato democrata à presidência Joe Biden na Ucrânia. Ambos colocaram Giuliani em contato com procuradores ucranianos.O advogado pessoal de Trump então incentivou os investigadores a analisar irregularidades da família Biden no país.Mais tarde, o presidente Trump pressionou num telefonema o presidente ucraniano Volodmir Zelenski a investigar o pré-candidato democrata e sua família.Segundo a Justiça americana, Parnas e Fruman doaram US$ 325 mil para a campanha de Trump no ano passado de maneira irregular. Parnas estava convidado para depor na comissão da Câmara dos deputados que analisa o impeachment de Trump nesta quinta-feira. Fruman foi chamado para depor na sexta-feira, 11. Como o convite não foi atendido, os democratas estudavam intimá-los a depor.Outros dois colaboradores de Giuliani foram indiciados hoje. São eles David Correia Andrey Kukushkin. Correia foi preso na Califórnia e Kukushin, que nasceu na Bielo-Rússia e tem cidadania americana, está foragido. No mês passado, Giuliani minimizou as investigações sobre seus assessores. "Foi uma questão de financiamento eleitoral. Indiquei um advogado a eles que deve resolver a questão", disse. Biden se manifesta pela primeira vez a favor de impeachmentNa quarta-feira, Joe Biden, se manifestou a favor do processo de impeachment contra Trump. Segundo Biden, o presidente americano “traiu” o País e violou seu juramento.“Para proteger nossa Constituição, nossa democracia, nossos princípios fundamentais, (Trump) deve ser objeto de um processo de destituição”, disse o vice de Barack Obama durante um comício, que tem sido acusado reiteradamente por Trump por corrupção.Biden ainda acrescentou que Trump “pisoteia na Constituição e não podemos deixá-lo escapar com isso”. Para o democrata, Trump “não vê limites aos seus poderes”. Ele publicoou um vídeo de seu discurso em sua conta no Twitter.Zelenski nega ter sido chantageadoJá Zelenski, por seu lado, afirmou nesta quinta-feira, 10, que não sofreu nenhuma chantagem por parte do colega americano Donald Trump, suspeito nos Estados Unidos de ter bloqueado ajuda militar para forçar Kiev a investigar o filho do rival democrata Joe Biden."Não houve nenhuma chantagem", afirmou Zelenski em uma entrevista coletiva, em referência a uma conversa telefônica que resultou, para Trump, na ameaça de um processo de impeachment.De acordo com uma fonte, Trump pediu a Zelenski uma investigação sobre as atividades da empresa de gás ucraniana Burisma, de Hunter Biden, filho de Joe Biden. De acordo com as pesquisas, ele é o pré-candidato democrata com mais possibilidades de obter a indicação do partido para a eleição presidencial de 2020.