A recente viagem para Nova York, nos Estados Unidos, do secretário especial da Cultura, Mario Frias, contou com menos de uma atividade por dia. Ao custo de R$ 78 mil, Frias e o adjunto Hélio Ferraz fizeram três reuniões em quatro dias, segundo as agendas públicas.

Além do lutador Renzo Gracie, eles se reuniram com Simone Genatt e Marc Routh, produtores da Broadway, e com Bruno Garcia, dono de empresa de turismo que escreveu que cuidou de traslados do secretário na cidade e o ajudou com problema de bagagens extraviadas.

Na sexta-feira (11), o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado entrou com um pedido para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os gastos da viagem, que teve deslocamento de Brasília para Nova York a custo de R$ 26 mil e sob pedido de urgência —ou seja, com menos de 15 dias de antecedência.

O procurador menciona no documento que há indícios de que os interesses pessoais de Frias e de seu secretário-adjunto vieram antes do interesse público.

Se o TCU constatar irregularidade no uso do dinheiro público, o subprocurador pede que o valor seja descontado da folha de pagamento dos secretários. Ele chama a viagem de "extravagância".

Frias afirmou em seu Twitter que não pagou essa quantia pela viagem e que a finalidade da viagem "não foi da forma como colocaram nas inverídicas manchetes [de imprensa]". Ele não disse, contudo, qual valor gastou nem o motivo de ter ido para Nova York.