Há pouco tempo era comum usar unicamente o sal de cozinha para preparar os alimentos. No churrasco, bastava apenas o sal grosso. Dentro de casa não existia nenhuma variação do mineral até vários chefs do mundo incrementarem suas receitas com sais trazidos de lagoas do Himalaia, vulcões havaianos ou do interior da Índia. A partir daí o mais popular e comum dos temperos foi na carona da onda gourmet, assim como aconteceu com o hambúrguer, o azeite e a cerveja, e ganhou mais cores, texturas e sabores, tanto nos menus dos restaurantes quanto nas prateleiras dos supermercados e dos empórios.

Existem mais de 300 variedades de minerais, que são divididos em dois grupos: o de rochas extraídas de minas subterrâneas e o de regiões litorâneas ensolaradas por meio da simples evaporação de água salgada de lagoas e do mar. Passam por uma lavagem, são moídos, centrifugados e novamente secos em altas temperaturas. Em seguida, são peneirados para extrair impurezas e recebem uma dose de iodato de potássio, exigido pela legislação brasileira. Atualmente, pode-se encontrar diversos tipos de sais no supermercado: sal rosa do Himalaia, flor de sal, de vinho tinto, alecrim, defumado, negro, marinho, entre outros.

Segundo a nutricionista Cyntia Nery, o sal é o maior vilão da saúde por contribuir para doenças cardiovasculares, cálculo renal, nódulos e mau funcionamento da tireoide. Ao mesmo tempo, de acordo com a especialista, o mineral é o menos combatido, já que é indispensável nas cozinhas. “Todos os sais possuem sódio em sua composição e em grande quantidade vai alterar os fluídos corporais e pode danificar um rim se a pessoa apresentar algum problema. No entanto, alguns são menos prejudiciais, caso do sal do Himalaia, preto, flor de sal, porque a presença de sódio é menor. A dica é: quanto mais natural, melhor”, aconselha.