Nascido da vontade de democratizar o estilo e fazer uma roda de choro aberta, que pudesse contar com a participação de todos, desde músicos profissionais a amadores, entusiastas do gênero, a alunos musicistas iniciantes, o projeto, que tem uma edição mensal. Neste mês, o evento ocorre, neste sábado, 23, a partir das 16 horas, no espaço em frente ao Memorial Coluna Prestes, na Praça dos Girassóis. Com um repertório que inclui canções simples, intermediárias e complexas, o Toca na Roda é uma iniciativa da dupla de músicos e amigos Hugo Samambaia e Maria Hellena Lopes. O propósito é ser um ambiente didático, para além da performance. O projeto tem um repertório fixo e permite o que rodas mais tradicionais de choro não abrem espaço, como a repetição de músicas, a interpretação com consulta de partituras e outras etiquetas consideradas não usuais em uma encontro habitual do estilo."Essa etiqueta toda, às vezes, dificulta um pouco a aproximação do músico ao mundo do choro, né? Por isso o nosso mote é fazer uma roda para os aprendizes. Uma roda para todo mundo que quer aprender a tocar. Pessoas que estão começando a aprender o instrumento, músicos formados, mas que tem interesse em se aproximar dessa linguagem", explica Hugo. Realizado mensalmente, o projeto também se propõe a agregar e reunir os membros mais constantes para ensaios durante a semana. Mas com a celebração do Dia do Choro no próximo 23, data que também é comemorada o aniversário de Pixinguinha, a dupla quer fazer uma edição especial do projeto. "Vamos colocar um som, mesa, alto-falante. Vai ser uma roda que vai manter a característica de ser democrática e aberta, para quem quiser chegar e participar, mas queremos, dessa vez, fazer com que mais gente participe. Vamos ter uma pequena apostila com algumas partituras para distribuir para as pessoas, para facilitar para quem quiser participar. O que a gente quer é que seja um evento bem bacana, para enfim, tanto chamar a atenção das pessoas pro choro e para o gênero, como para participarem do projeto, para quem quiser ir lá tocar, apresentar seu trabalho e potencializar esta ideia conosco". O choro, inicialmente composto basicamente por flauta, violão e cavaquinho, instrumentos que chegaram ao Brasil junto com a corte portuguesa, compila importantes nomes que ajudaram a publicizar o estilo no país e se destacam na música popular brasileira. Joaquim Antônio da Silva Callado Júnior, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Jacob do Bandolim são alguns artistas que fizeram sucesso compondo chorinho.Atualmente, o estilo é prestigiado por muitos, e se fortalece cada vez mais, graças a grupos que se dedicam à sua modernização e divulgação de novos artistas.A duplaMaria Hellena Lopes, Cantora, Instrumentista, Educadora Musical e Empreendedora, instruída na infância na Fundação Cultural, mais tarde foi aprendiz do Maestro, Bruno Barreto. Em 2013, trabalhou em Orquestras Infantis da rede pública e Musicalização Infantil em escolas como o SESC, Adventista e outras, bem como se tornou componente em demais Orquestras como Violoncelista. Em 2018, fundou a escola de música Studio Spalla e se habilitou na Associação Suzuki como Educadora do método. Em 2021, juntamente ao Músico e Educador, Hugo Samambaia, iniciaram os projetos coletivos em fomento do Choro, como o Festival Spalla de Choro e o Toca na Roda, trazendo ao gênero, força e evidência regional.Hugo Samambaia é músico, educador e produtor cultural em Palmas. Atua na área de música instrumental popular brasileira, em gêneros como o choro, o samba e o forró. Nascido em Brasília, estudou na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. Mudou para Palmas em 2016, e desde então realiza eventos com apresentações, workshops, e outros na cidade. Junto com o Studio Spalla iniciou o projeto Toca na Roda em 2021.