Imagine dormir e acordar em um mundo virado de cabeça para baixo, onde as pessoas não podem se abraçar e que um vírus mortal assola a humanidade. Parece roteiro de filme, mas é o que está acontecendo com o apresentador e humorista Seu Waldemar. Em entrevista ao jornal O POPULAR, ele falou sobre o período em que ficou internado, como está sendo a recuperação e o seu 'novo normal'."É uma coisa engraçada. Com todas as pessoas que converso que entraram em coma, elas me falam que lembram de muita pouca coisa. É como se tivesse recortado o tempo. É como uma edição de vídeo. As pessoas falam do guerreiro, mas eu sirvo muito mais de exemplo. Cheguei a uma situação muito delicada e por não ter nenhuma doença crônica consegui sair. Eu cheguei ao mais alto nível da doença. Hoje é que está sendo pra mim a recuperação", relatou o humorista.Waldemar explicou que atualmente a vida dele se resume a fazer fisioterapia e seguir a dieta para recuperar peso, mas que a maior vontade dele no momento é de poder voltar a encontrar as pessoas. O humorista foi internado com 82 kg. Quando teve alta ele apresentava 65 kg, e atualmente está com 69 kg. "A gente fica ansioso para encontrar com as pessoas e saber o que está acontecendo. Vi que meu nome chegou muito longe no Estado de Goiás e no Brasil. Até porque os goianos estão espalhados no mundo inteiro. Dormi em março com o povo nas ruas e acordei quase em maio com o povo nas lives. Acordei em um mundo muito diferente", explicou.Sobre a história de que ele teria pedido uma pamonha enquanto estava internado na UTI ele confirmou e ainda contou detalhes: "Eu não sentia o que estava acontecendo. Eu pedia, pelo amor de Deus, uma injeção de realidade. Aí que eu falei: será que neste mundo que eu acordei tem pamonha? E eu pedi para a minha mãe e ela levou, com a autorização da médica, uma de sal e comi igual a um maluco", explicou com uma grande gargalhada.Seu Waldemar também revelou que a família dele sofreu muito durante a sua internação com fake news sobre o seu estado de saúde e tratamento. "A gente escutou coisa demais. Minha família sofreu demais com fake news. Muita coisa que não era real. O trabalho que vocês fazem é uma responsabilidade e um carinho muito grande com o povo goiano".Uma das maiores emoções de Seu Waldemar pós-Covid-19 foi o reencontro com o filho. Ele contou que sonhou muito com o pequeno durante a internação e que revê-lo foi muito especial, não só por questão de saudade. "Ele passou muito tempo comigo em pensamento. É um presente que Deus me deu para cuidar. Um filho precisa muito do pai e sinto que é uma ligação muito forte que Deus me mandou, e reencontrá-lo é uma resposta divina pra mim."Como um recuperado da Covid-19, Waldemar deu seu relato sobre a doença e afirmou que ela é sim agressiva. "Primeiramente (uma pessoa que contrair a doença) é não desesperar. Tem que entender que o caso do Seu Waldemar, só tive uma semana e meia de Covid. Eu contrai uma infecção hospitalar. Não foram 32 dias internado só por conta da Covid. Acreditar no que os médicos estão falando. Os médicos goianos são capacitados. Entender que não temos um combate ainda e que o combate então é ficar em casa. Hoje eu estou recuperado graças aos médicos. Eu vejo também a importância da fé das pessoas na minha recuperação".Seu Waldemar completa 34 anos de idade neste sábado (16) e sobre o programa No Balaio ele afirma que deve retornar quando 'todo mundo voltar'. "Eu tô maluco para poder voltar, porque é um programa que entrou no meu coração e no coração do goiano, e não podemos deixar de colocar muita coisa boa nesse balaio", finalizou.