Sertanejo, forró, MPB, rock, axé e música eletrônica, talvez tocar tudo isso junto pareça difícil e complicado para muitas pessoas, mas para o Disc Jockey, ou o famoso DJ, promover essa mistura de ritmos de forma harmoniosa e animada faz parte do seu trabalho. A profissão tomou forma nos anos 50 e teve os primeiros DJ’s atuando nas rádios. Fora dos estúdios os DJ’s ganharam fama na década de 70 com a explosão das discotecas. Hoje, pelo Brasil e no mundo a profissão ganha adeptos com a disseminação da música eletrônica em festivais e até eventos empresariais e sociais.

No Tocantins, o número de profissionais no campo da música eletrônica cresce mesmo ainda com algumas dificuldades para o setor como, encontrar cursos profissionalizantes, comprar equipamentos e preconceito com a profissão.

O empresário e DJ Rafael Guirole, de 34 anos, desde os 18 anos atua como DJ em Palmas. “Comecei tocando em casa com os amigos e depois aprendi técnicas com um DJ e também fiz curso de produção”, descreve Guirole que também sentiu preconceito no começo. “As pessoas diziam que eu não era DJ de verdade, porque não vim das rádios e também julgavam como não profissão ou profissão de malandro, mas quando você vai para grandes metrópoles você vê o quanto é natural e como existe campo”, diz.

O produtor, que tocou em uma das primeiras casas de músicas eletrônicas de Palmas e já se apresentou em outros estados pelo País, conta também que no começo se limitava no estilo de música. “Com o tempo fui vendo que o importante era a diversão, vê as pessoas se descontraindo independente do estilo. O importante é sair de lá sabendo que as pessoas se divertiram e vão voltar para a semana de trabalho mais leve”, comenta satisfeito.

Sobre dicas para aprender e como começar, Guirole destaca a ajuda da internet. “Tem vários tutoriais na internet, e depois é decidir o estilo, ela pode começar comprando equipamento, tem material barato. Pode iniciar com rodinha de amigos, festinhas e quando se sentir preparado procurar um clube para começar a pegar experiência”, reforça.

Público

O estudante de teatro, Remer Koehi, de 20 anos, começou a trabalhar como DJ há dois anos, quando ganhou um concurso. “Eu sempre tive interesse em ser DJ e consegui o espaço com o concurso”, conta Koehi que estuda pela internet e vê como o grande desafio da profissão a conquista do público e a diversidade de material. “Tem que ter material para todo tipo de festa. Você tem que agradar o público de primeira e a dificuldade é ter o molejo para agradar a todos. O mercado também é difícil porque muitas pessoas não contratam DJs, preferem colocar uma playlist pra tocar, e isso não é mixagem”, reforça.