Prestes a estrear como apresentador do The Voice Kids (TV Globo), Márcio Garcia, 51, diz que demorou apenas 30 segundos para aceitar o convite de Boninho, diretor do núcleo de realities, para comandar o programa. Ele vai comandar reality musical ao lado de Thalita Rebouças e dos técnicos Carlinhos Brown, Gaby Amarantos e Michel Teló. A data de estreia ainda não foi informada pela emissora.

"O Boninho me ligou perguntando se eu teria vontade de apresentar [The Voice Kids]. Eu brinquei com ele e falei: 'Deixa eu pensar e te volto'. Ele perguntou se ia demorar muito e respondi: 'Só um minutinho. Já pensei, estou dentro'".

Garcia acredita que a experiência como apresentador do programa dominical Gente Inocente (TV Globo), há 20 anos, vai ajudar no desafio de comandar o reality musical. Na época, ele apresentava o programa na companhia de crianças fofas, entrevistando artistas ou em show de calouros.

O apresentador também destaca que a paternidade também vai contribuir nesta missão. De lá para cá, ele se tornou pai de quatro filhos com idades de 7, 12, 15 e 17 anos. Ele diz que aprendeu muito a escutar as crianças e que isso "certeza será utilizado no programa".

"A paternidade já está ajudando muito. Eu vivo muito esse conflito de agradar a todos, que têm idades muito distintas. Os meninos têm cinco anos de diferença entre si, menos a Nina, a única menina, que nasceu no dia do meu aniversário, meu maior presente, e tem idade mais próxima do mais velho".

Garcia conta que já começaram as Audições às Cegas do reality e tem se segurado para não chorar de emoção. "Cheguei a lacrimejar, mas me segurei para não chorar muito. A emoção vem, sim. Não tem como, é muito emocionante".

Segundo o apresentador, o que mais o emociona é olhar para a família mesmo que à distância devido aos protocolos de segurança a pandemia de Covid. Diferente de outras edições nas quais o apresentador ficava ao lado dos familiares, ele vê a reação deles e interage por uma TV.

"Eu vejo os familiares por uma TV, vejo a reação dos pais e vem forte a emoção. A criança cantando é linda, muita alegria, mas quando você vê os pais, irmãos, todos chorando, acaba embarcando junto. Está sendo uma experiência incrível", enfatiza.

Garcia admite que a vontade de dar um abraço em uma criança eliminada é muito grande, mas ele se controla muito para a emoção não o fazer esquecer que não pode ter contato físico. Segundo ele, não está sendo fácil não ter esse contato, não só com as crianças, mas também com os técnicos;

"A gente já está habituado e está se contendo bem, mas não é mole não. Na eliminação então dá vontade de abraçar, beijar e levar para casa, e o máximo que a gente pode dar é aquele soquinho [cumprimento de mão comum na pandemia] e olhe lá", afirma.