O juiz José Maria Lima, da 2° Vara da Fazenda Pública de Palmas, deu um prazo de 24 horas para o Estado se manifestar sobre o pedido da promotoria de Justiça para suspender o show do cantor Wesley Safadão contratado por R$ 630 mil, previsto para a quinta-feira, 12, às 23 horas, em Palmas, como parte da programação da Agrotins. No despacho, o juiz não informa se irá suspender ou não o show. O questionamento da Justiça veio após o promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva entrar com uma ação para suspender a contratação. Ele considera o gasto com o show excessivo, “de altíssimo valor e não razoável de verbas públicas no contexto de um Estado da Federação com orçamento diminuto frente às inúmeras demandas de serviços públicos essenciais”.Ao Jornal do Tocantins, o promotor afirma que o Ministério Público do Estado (MP) aguarda que o Governo do Tocantins, no prazo concedido pelo Judiciário, reveja o ato administrativo e não realize a despesa, considerada irrazoável pelo órgão. “Caso não ocorra a revisão pelo Estado, o MP aguarda e espera o deferimento pelo Judiciário do pedido de tutela de urgência”. O representante também destaca que o Governo não efetue nenhum pagamento com recurso público para o cantor.Nos pedidos finais da liminar, o MP quer que o cantor seja advertido de que poderá devolver todo o valor do contrato e multado em 50% do total se fizer o show.CachêDe acordo com o Estado, o valor total para a realização do show é de R$630.000,00 custeado por emendas dos deputados estaduais Léo Barbosa (Republicanos), Cláudia Lélis (PV), Cleiton Cardoso (Agir), Ivory de Lira (PCdoB), Ricardo Ayres (Republicanos), Valderez Castelo Branco (Republicanos) e Vanda Monteiro (UB).