-Imagem (1.845188)O cantor e compositor Dorivã Borges retrata mais uma vez as riquezas do Tocantins em show especial hoje à noite, a partir das 20 horas, em Palmas. A apresentação abre a programação do projeto Sesc Amazônia das Artes, que percorre 11 estados brasileiros em 2015 e chega agora ao Tocantins. O show de Dorivã será marcado pelo lançamento do CD Folia Dourada, o terceiro disco da carreira do músico, com dez faixas compostas em parcerias com músicos tocantinenses, como J. Bulhões, Tião Pinheiro, Léo Pinheiro, Paulo Aires e Ronaldo Teixeira. O CD traz, ainda, uma homenagem a Porto Nacional, com uma canção de Bey Aires, batizada de Frevo do Cabaçaco. Destacando a regionalidade, as personalidades do Estado, a filosofia sertaneja e a mulher amada, Dorivã explica que o processo de criação das músicas é semelhante ao de uma gestação. “Sempre tenho a ideia inicial, mas só escrevo quando o filho está prestes a nascer”, disse, frisando ainda que as suas canções estão diretamente ligadas ao momento em que ele vive. Com 35 anos de carreira, Dorivã ainda ressalta que a relação dele com a música é algo muito forte e faz parte do destino de ser cantor e compositor. “A música é algo espiritual, sempre quis ser músico, desde criança”, ressaltou. Músico com alto requinte musical em suas melodias e letras, Dorivã tem em Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Alceu Valença e Belchior algumas de suas referências. Dentre os músicos regionais, ele destaca Juraíldes da Cruz, Braguinha Barroso e Genésio Tocantins. TrajetóriaCom as suas composições, Dorivã se monstrou sempre muito exigente. Aos 19 anos, ele já compunha sua primeira música, Rima de Cantador, para um festival de música de Gurupi, apesar de ainda não se sentir maduro para concorrer. Aos 21 anos de idade, Dorivã seguiu rumo à Goiânia, para tentar a carreira de músico. Como boa parte dos profissionais desta arte, começou tocando em barzinhos e, em seguida, iniciou sua saga em festivais de músicas pelos estados vizinhos. Mas foi justamente em Goiânia que Dorivã conheceu artistas renomados, peças fundamentais para o seu amadurecimento musical. O compositor ainda é responsável por um grande feito na história da música no Tocantins. Após retornar do Goiás, ele foi o primeiro artista regional a veicular um videoclipe no Estado, pela TV Anhanguera. A música gravada foi Forró Traquina, classificada no festival de música Cantocantins. Mas o divisor de águas na carreira do músico foi em 2000, quando lançou o disco Passarim do Jalapão. Neste ano, Dorivã fez a maior escolha profissional da vida e se consolidou na profissão. “Foi quando eu disse: a partir de hoje sou um profissional eu vou viver do meu trabalho autoral, e nunca mais vou voltar para um barzinho”, conta. Juntamente com Passarim do Jalapão, a canção Romeiro do Bonfim proporcionou condições para o músico se dedicar à carreira autoral. As duas canções fazem parte hoje do cancioneiro popular tocantinense. No ano de 2005, Dorivã lançou o segundo CD autoral, Taquarulua - Num canto do Brasil; e em 2011 participou do maior festival de música do Brasil, o Festival Nacional da Canção (Fenac), juntamente com Nacha Moretto e Jorge Beneis. Segundo Dorivã, neste evento o grupo ficou conhecido como o Trio Jalapão e levou o prêmio de Aclamação Popular. Já no ano passado, Dorivã foi novamente premiado na 1ª Mostra de Música de Palmas, com a canção Florzinha e ficou em segundo lugar no Festival de Música do Município de Paraíso do Tocantins. SocialHá quatro anos, Dorivã também se dedica a um projeto social voltado às artes. O músico é gestor, juntamente com o filho, Murilo Fernando Borges, do Ponto de Cultura Meninos do São João, na Escola de Tempo Integral Marcos Freire, zona rural da Capital. No projeto são atendidas mais de 200 crianças e o músico orienta diretamente 30, sendo este grupo uma banda rítmica percussiva que trabalha com os ritmos dos povos tradicionais do Brasil. Para Dorivã, a iniciativa foi uma forma de retribuir tudo o que a vida lhe deu. “Quero envelhecer trabalhando neste projeto”, declarou. TurnêO CD que será lançado hoje, em Palmas, vai ser também divulgado em outras dez cidades da Amazônia Legal. Após o show na Capital, Dorivã segue com o projeto Sesc Amazônia das Artes e vai cantar as belezas do Tocantins nos estados vizinhos. “É muito importante participar deste projeto do Sesc, é uma forma de divulgar e firmar o nosso nome e a música tocantinense no cenário de uma região”, afirmou. ServiçoO que: Show Passarim do Jalapão, na abertura do Sesc Amazônia das ArtesQuando: Hoje, às 20 horasOnde: Teatro do Sesc Palmas - Centro de Atividades ( Quadra 502 Norte)Entrada gratuita