Um grupo de credores do Cirque du Soleil anunciou que assumirá o controle da endividada empresa canadense.

Possíveis interessados tinham até esta terça-feira (18) para melhorar a proposta feita por um grupo de credores, com o fundo canadense Catalyst Capital Group à frente.

O circo mais famoso do mundo anunciou após o fim do prazo que a proposta — avaliada em mais de US$ 1,2 bilhão (equivalente a R$ 6,5 bilhões) — não foi igualada.

A oferta dos credores ainda precisa ser validada pela justiça de Quebec nas próximas semanas.

De acordo com o jornal Globe and Mail, os credores devem injetar entre US$ 300 milhões e US$ 375 milhões (R$ 1,6 bilhões e R$ 2 bilhões) no circo. Também se comprometeram a reduzir a dívida da empresa de US$ 1,1 bilhão para US$ 300 milhões.

Gabriel de Alba, diretor do fundo Catalyst, elogiou os "maravilhosos resultados para o Cirque, seus funcionários, artistas e sócios, em um email enviado à AFP.

Fundado em Quebec em 1984, o circo teve que cancelar 44 produções em todo o mundo em março pela pandemia de coronavírus. O grupo demitiu 4.679 acrobatas e técnicos, 95% de seus funcionários.

O atual convênio, anunciado em julho, substitui a oferta de compra que a empresa com sede em Montreal havia concluído no fim de junho com os atuais acionistas, os fundos americanos TPG e Chinese Fosun, assim como a Caisse De Depot Et Place de Quebec.