O ex-apresentador Marcão do Povo, que comandava o “Balanço Geral” edição DF, que foi demitido por justa causa na semana passada, após chamar a Ludmilla de “macaca”, notificou extra-judicialmente a emissora Record exigindo o cumprimento de seu contrato que só terminaria no segundo semestre de 2019.

Os advogados do ex-apresentador alegam que aconteceu um grande mal entendido. Segundo eles, seu cliente não fez uma ofensa racial, apenas usou uma expressão popular quando se refere a alguém irritado, dizendo: “fulano está com a macaca”.

Os advogados afirmam que o contrato não poderia ser rescindido unilateralmente. Eles acreditam que a Record DF poderia lhe dar uma advertência ou até mesmo suspendê-lo, mas jamais demiti-lo sumariamente.

Marcão pediu desculpas publicamente para a cantora Ludmilla, mas insistiu em dizer que sua fala foi mal interpretada. A notificação extra-judicial é uma última tentativa de um acordo amistoso com a empresa.

Convocado pela emissora, o ex-apresentador se recusou a assinar a demissão e ameaça entrar com processo que pode chegar a R$ 10 milhões, segundo a coluna de Ricado Feltrin para site Uol desta quinta-feira (26).

Marcão ainda teria de receber cerca de R$ 3,5 milhões só de acordos contratuais, conforme antecipou o site Na Telinha. Caso a emissora mantenha a decisão de demiti-lo por justa causa, seus advogados deverão exigir o pagamento em dobro do contrato na Justiça Trabalhista, além de indenizações por danos materiais e morais na Justiça Civil.

Procurada, a Record disse que não vai se manifestar sobre o assunto.