O longa "A Flor do Buriti" será exibido em sessão especial no Cine Cultura, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, localizado na região sul de Palmas, às 19h. A entrada será gratuita e após a exibição do longa, haverá um debate com os diretores e a equipe do filme.Além da sessão de estreia, “A Flor do Buriti” terá mais duas sessões gratuitas:- Sábado (13) às 19h- Domingo (14) às 19hexibido em mais de 100 festivais ao redor do mundo e com catorze prêmios, como o prêmio coletivo para melhor elenco na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, teve sua estreia no Brasil na última quinta-feira (4), com distribuição da Embaúba Filmes.Sobre o filme Filmado ao longo de quinze meses em quatro aldeias distintas dentro da Terra Indígena Kraholândia, o projeto contou com uma equipe reduzida, composta tanto por indígenas quanto por não indígenas."A Flor do Buriti" mergulha na trajetória dos Krahô ao longo dos últimos 80 anos, e explora desde um massacre devastador em 1940 até os desafios contemporâneos enfrentados pela comunidade.Localizado no norte do Tocantins, o filme aborda a luta incansável dos Krahô pela posse da terra, uma questão central que permeia toda a narrativa. Renée Nader Messora, co-diretora do filme, ressalta a importância de entender a relação ancestral dos Krahô com a terra como um pilar fundamental para sua sobrevivência e cultura. Segundo ela, "As diferentes violências sofridas pelos Krahô nos últimos 100 anos alavancaram um movimento de cuidado e reivindicação da terra como bem maior", conta.SinopseEm 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um violento massacre, perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, durante a Ditadura Militar, o Estado Brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô seguem caminhando sobre sua terra sangrada, reinventando diariamente as infinitas formas de resistência.*Morgana Gurgel é integrante do programa de estágio entre Jornal do Tocantins e Universidade Federal do Tocantins (UFT), sob orientação de Raphel Pontes