O Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública do Estado a realizarem ontem, 1º, uma vistoria no Hospital Geral Público de Palmas (HGPP). Segindo os órgãos, a vistoria foi motivada devido a demora no atendimento dos pacientes da ortopedia internados no hospital, classificados como sendo de  urgência/emergência, e as demandas individuais repetitivas que buscam os seus direitos na Justiça.

Segundo o MPE, durante a diligência  a promotora de Justiça, Maria Rosely de Almeida Pery e o defensor público, Arthur Luiz Pádua Marques, constataram que no setor do Núcleo Interno de Regulação (NIR)  existem 132 pacientes internados na ortopedia, na sua grande maioria, aguardando cirurgia, muitos deles nos corredores que continuam abarrotados de pacientes de diversas especialidades.

Ainda segundo o órgão, de acordo com a relação apresentada pelo NIR, existe paciente desde janeiro deste ano aguardando procedimento de urgência/emergência.

“A demanda reprimida da ortopedia, de responsabilidade do Estado do Tocantins, já foi judicializada pelo MPE e pela DPE no ano de 2015. Alguns acordos já foram feitos nesta ação e homologados pela Justiça,  contudo, o problema persiste, tanto que foi designado nova audiência de conciliação que ocorrerá  no  próximo dia 7, às 14 horas, na 2ª Vara da Fazenda Pública do Fórum de Palmas”, informou o MPE.  

Em nota, o Governo do Estado informou que o Hospital Geral de Palmas (HGP) é referência estadual para o atendimento de urgência, emergência e traumas, portanto recebe grande número de vítimas do trânsito, sendo que a maioria destes pacientes são motociclistas, considerados usuários vulneráveis do trânsito, que na maioria das  vezes necessitam de cirurgia ortopédica de alta complexidade.

“O HGP tem cumprido, por determinação da Secretaria de Estado da Saúde o trabalho de contra-referenciar pacientes de menor complexidade  para unidades de menor porte.  A fim de conscientizar a população, o Governo tem  realizado campanhas de orientação para evitar corredores lotados, pois a prevenção reduzirá danos e sofrimentos aos pacientes, e  custos  para a saúde pública”, informou.