De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), a maioria dos alunos indígenas do Estado frequenta uma das 108 unidades escolares localizadas nas aldeias. Os alunos do Ensino Médio estão matriculados em escolas convencionais. Atualmente, o Tocantins atende 6.084 estudantes das nove etnias reconhecidas no Estado.

A secretaria ainda garantiu que o Tocantins é o único Estado da Federação com diretrizes específicas para a Educação Indígena definida no Plano Estadual de Educação. Segundo a pasta, nos últimos anos, houve investimentos da ordem de R$ 3.458.619,49 em infraestrutura, obras de reformas e melhoramentos de 73 unidades escolares indígenas.

A Seduc informou que estão em andamento escolas indígenas em de Paraíso do Tocantins, Itacajá, Goiatins, Tocantínia, Santa Fé do Araguaia, Tocantinópolis, Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia, Sandolândia, Tocantínia, Xanbioá e Pedro Afonso. A Secretaria da Educação também apontou que em 2017 foram criadas quatro novas escolas indígenas em terras xerentes.

Questionada como é o trabalho de acompanhamento da Seduc aos professores indígenas, o órgão esclareceu que isso é feito por meio das Diretorias Regionais de Educação, com a supervisão das escolas e turmas, além de orientação por meio de propostas pedagógicas, e auxilio às escolas na preparação dos planos de trabalho para o ano letivo, observando as diretrizes da Educação Escolar Indígena.

Conselho

O Tocantins foi o primeiro Estado a criar, em 2005, o Conselho de Educação Escolar Indígena. A entidade é um órgão consultivo e deliberativo, vinculado à Seduc. Cabe a ele deliberar sobre políticas, programas e ações referentes à promoção da educação indígena. O presidente do Conselho, Adriano Dias Gomes Karajá, afirma que muita coisa ainda tem que melhorar nas escolas que oferecem ensino aos indígenas. Porém, a Educação para esses povos no Estado não é uma das piores.

“Temos uma demanda enorme com relação à infraestrutura das unidades escolares dentro das aldeias. No entanto, as oportunidades oferecidas aos indígenas se torna referência para alguns estados, mesmo com dificuldade ainda estamos bem mais avançados que outros estados”, enfatiza.