O que eu gosto de fazer? O que me disseram que seria interessante fazer porque combina comigo? O terceiro encontro do Fórum Educar realizado nesta quarta, 28, no auditório da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), em Palmas, propôs caminhos para responder estas e outras perguntas com o debate do tema O Que Você Quer Ser Quando Crescer?

Durante o terceiro encontro de um ciclo de quatro, que é promovido pelo Jornal do Tocantins, quatro debatedoras em conjunto com a plateia presente falaram sobre as pressões exercidas sobre crianças e adolescentes em definir o mais cedo possível o futuro profissional.

O encontro foi gravado e será transformado em um programa especial que irá ao ar pela Rádio CBN Tocantins sábado das 9 às 10 horas. O debate foi mediado por Tião Pinheiro, editor-chefe do JTo, que ressalta a importância da discussão. “Enriquece muito a relação entre família, escola e alunos este espaço para debate”, lembra.

Quem abriu a noite de discussões foi a psicóloga Juliana Corgozinho que deu um panorama a respeito do stresse problemas psicológicos causados nos mais jovens. “A família está diretamente relacionada, principalmente no suporte, orientação e diálogo com o adolescente. Se este jovem não é assistido pode sofrer de crise de ansiedade ou desenvolver um quadro de depressão”, comenta.

Irenides Teixeira era outra psicóloga presente como debatedora e falou sobre programas de orientação e reorientação profissional para jovens e alunos que ingressam em algum curso superior, mas não tem certeza da escolha. “Fazemos aplicação de testes e dinâmicas para ajudar estudantes do 3º ano do ensino médio através de um programa desenvolvido pelo curso de psicologia do Ceulp/Ulbra. Este atendimento é feito de forma gratuita. Além disso, fazemos reorientação para alunos matriculados em algum curso superior, mas não estão felizes com a escolha”, explica.

Seguindo o debate, a também psicóloga Larissa Machado usou a experiência atuando em uma clínica psicológica e destaca as angústias da família neste processo de orientação. “É importante entender como esse grupo familiar lida não só na questão da escolha profissional e sim em qualquer outra”, ressalta.

Sobre a perspectiva da escola neste processo, a orientadora educacional Renata Gomes destaca o que pode ser proposto para diminuir ao máximo a possibilidade do jovem se frustrar no futuro. “A escola deve propor atividades que, ao longo do ensino médio, sirvam para nortear os estudantes como por exemplo: olimpíadas de conhecimento, entre outros”, disse.

Consultor técnico do evento e professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Eduardro Cezari lembra que o processo de escolha sobre o futuro é algo que precisa ser trabalhado coletivamente. “Ouvir o que a criança quer fazer ou não é imprescindível. Essas questões ligadas ao que queremos fazer na vida é algo que precisa ser lidado com afeto”, pontua.

Parceiros

O Fórum Educar é patrocinado pelo Colégio São Francisco, Serviço Social do Comércio (Sesc) e Maple Bear Canadian School, e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de Palmas (Semed) e da Associação Tocantinense de Municípios (ATM).