Ramis Tetu

Ramis Tetu
ramis.tetu@gmail.com
Jornal do Tocantins - Sustentabilidade
Os desafios que o Brasil tem pela frente

Os governos e parlamentos eleitos em 2016 e 2018 nos três níveis da federação terão pela frente um cenário duro e instigante, com desafios de todas as ordens e o duro recado dado à política pela população, que mostrou nas urnas o seu descontentamento com os vícios do sistema. É preciso que a classe política e a sociedade encarem juntos e de frente os verdadeiros desafios do país, muitos não tratados nas campanhas; qualifiquem sua atuação por meio de programas de governo e de cidadania, com bons princípios norteadores. Eleições são uma oportunidade de redenção e avanço. Mas é preciso sair das redes, descer dos palanques e trabalhar duro pelo nosso futuro comum.

Eficácia

Governos devem ser eficientes e eficazes, fazer certo as coisas certas. Para tal, é preciso trazer todos os servidores públicos para o reino da meritocracia, com trabalho, senso de dever, respeito e responsabilidade com a população; a ética e a técnica nortear a ocupação dos cargos, a tomada de decisões e os investimentos; encarar a desídia e os privilégios como tapas na cara do cidadão.

Pluralidade

A diversidade é a vocação e a força do Brasil. A pluralidade de ideias, o combustível da sua democracia. As soluções multimodais, a base da sustentabilidade. Temos de quebrar as hegemonias de pensamento e poder.

Qualificação

Muito há que se fazer para tirar da superficialidade das campanhas as áreas de saúde, segurança, educação, entre outras. E qualificar sua gestão com princípios técnicos, ideias, olhares plurais, criatividade e empreendedorismo, em governos de ação e técnica.

Mesmo barco

Se todos em um barco forem para um lado, não interessa se esquerdo ou direito, o barco vira. Se todos brigarem, ele não sai do lugar e logo as tempestades o afundam. Se todos ocuparem seus postos, remarem para a frente, organizados e conduzidos por bons navegadores – não por piratas, singraremos os mares do desenvolvimento.

Equilíbrio

A radicalização de posições na campanha, por políticos e eleitores, tem de ser substituída por moderação, pacificação e lucidez, nos discursos e nas práticas; de pactuação na direção de agendas comuns e do bem coletivo. Temos de aprender a negociar e usar linguagem não violenta, mas também a isolar os radicais. Construir pontes, não muros.

Governanças

Acaba a série da Globo “O Brasil que eu quero”, que merece estudo e reflexão, junto com o resultado das eleições. Começa outra: “O Brasil que nós queremos”, que envolve a construção de governanças para cada uma das muitas questões do país, com pactuação e responsabilização (prévia) de todos os setores. E, portanto, bem mais complexa.

Depuração

A corrupção sistêmica é o apodrecimento da democracia e uma forma hipócrita de massacre “civilizado”, ao subtrair recursos essenciais de áreas críticas da gestão, já em crise, com a morte de inocentes. Saneamento é prioridade nº 1 para o país, inclusive na política.

Acompanhe a vida das cidades, do país e seus governos não só nas eleições, mas sempre. Use como referência não o nome de partidos e pessoas, mas de causas, princípios técnicos e áreas de conhecimento (estima-se que a humanidade tenha cerca de 8.000 delas).

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