Foram transferidos nesta sexta-feira, 22, de Araguaína para Palmas os três principais suspeitos da execução do assassinato do advogado Danilo Sandes, ocorrido em julho deste ano. Rony Marcelo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior são policiais militares do Pará e Wanderson Silva de Sousa é ex-policial militar do mesmo estado.  Sousa deixou a corporação depois de ser submetido a um procedimento administrativo militar que o exonerou da corporação paraense depois de ele ter apontado uma arma para um superior.

Os três foram presos na última quinta-feira, 21, pela Polícia Civil do Tocantins em Marabá (PA), mas por falta de vaga no batalhão de Araguaína foram transferidos para o 1º Batalhão da Polícia Militar (PM).

A PM do Tocantins confirmou a chegada dos suspeitos ao batalhão mas não detalhou se os três dividem a mesma cela por questões de segurança interna. Segundo o delegado Bruno Boaventura, a Polícia Civil tem 30 dias, contados a partir da data da prisão dos suspeitos, para concluir o inquérito. O prazo pode ser prorrogado, mas a princípio este é o mesmo prazo requisitado para cumprimento da prisão temporária dos suspeitos.

A Corregedoria da PM do Pará auxiliou a ação que resultou na prisão dos suspeitos no Pará. Segundo o delegado Boaventura, existe a suspeita de que os três participem de grupo de extermínio. Os três devem ser indiciados pelo crime de homicídio doloso qualificado. “Trata-se de um crime com várias qualificadoras, primeiro pela forma insidiosa com que aconteceu e pela impossibilidade de defesa da vítima. A pena pode varia de 12 e 30 anos de prisão”, completou.

Mandante

Também aconteceu no Pará a prisão do suspeito de ser o mandante do crime. O farmacêutico Robson Barbosa da Costa, 32 anos, era cliente do advogado. O crime teria sido motivado por um desentendimento entre ele e Sandes. “Robson tentava ocultar bens em uma ação de inventário, mas Danilo não quis e após outras situações parecidas durante a ação os dois discutiram”, afirmou o delegado.

O corpo do advogado foi encontrado na TO-222, próximo a Filadélfia, a 479 km de Palmas, no dia 29 de julho. Ele teria sido ferido por duas perfurações feitas por bala. O advogado estava desaparecido desde dia 24 de julho.