O inquérito que investigava o desabamento da gruta de Santa Maria, em novembro de 2016, foi concluído esta semana. Conforme a Secretária de Segurança Pública (SSP), as perícias realizadas indicaram que o acidente, que matou dez pessoas e deixou outras feridas, foi ocasionado por processos geológicos naturais, entretanto com a hipótese de influência do uso de foguetes
 
A SSP informou que o delegado de Polícia Civil de Pedro Afonso que atende o município de Santa Maria, Wlademir Costa, informou que os foguetes, conforme o laudo, foram como uma espécie de “gatilho” para o desastre. Segundo a Polícia Civil (PC), o fenômeno natural que poderia ocorrer a qualquer momento, devido ao desgaste natural da gruta foi determinante para o acidente.
 
 “Foi apurado que havia um desgaste natural na gruta e que não houve qualquer ação ou omissão humana que colocasse as vítimas em risco. Ainda que se cogitasse a hipótese de uso de foguetes, não podemos afirmar que foi a causa determinante do acidente, posto que os laudos periciais mostram o desgaste natural do local com riqueza de detalhes. Por isso, concluímos que não haviam elementos indiciários que permitissem imputar o ocorrido a uma conduta humana”, afirma.
 
Investigação 
 
Durante as investigações, o delegado ouviu seis testemunhas, além dos laudos e relatórios do Corpo de Bombeiro Militar, do Instituto de Criminalística e do Instituto de Medicina Legal (IML), os dois últimos com resultados dos cadáveres dos mortos.  
 
O desastre a abalou a cidade e os peregrinos que iam à gruta, conhecida por “Casa de Pedra”, todo ano no dia 1º de novembro em orações para a “Reza de Todos os Santos”. A fica na Fazenda Sagrado Coração de Jesus II, zona rural do município. No ano passado, os fiéis estava no local envolta do altar no interior da gruta quando parte do teto se desabou, após um dos presentes soltar fogos artifícios, que tradicionalmente eram soltos antes da oração.