Com salário de R$ 3.233,39, o professor efetivo tocantinense é considerado, pela Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) o profissional de educação no Brasil com o segundo melhor salário. Conforme levantamento da pasta, o valor pago no Estado perde apenas para o Distrito Federal (DF).

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet), José Roque Santiago, o salário pode ser o segundo melhor, mas a remuneração não é. “A palavra salário é o que recebe, já a remuneração é a soma de salário e benefício. Com isso outros Estados recebem melhor do que nós. Aqui o professor não tem titularidade, auxílio alimentação, transporte, entre outros benefícios”, defende.

O professor de Física Frederico Borges de Almeida, 28 anos, diz reconhecer que tem o segundo melhor salário do país, mas questiona a defasagem do valor pago. Há dez anos na rede estadual da educação, e há quatro como servidor efetivo, ele conta que é satisfeito com o valor, mas a falta dos reajustes previsto em lei o deixa desmotivado. “Não queremos melhorias salariais, mas reivindicamos o pagamento dos reajustes”, frisa

Seduc

Segundo a Seduc, a média salarial nacional para professores em início de carreira, com nível superior, para carga de 40 horas semanais, é de R$ 2.363,38, e o governo do Estado paga 36% acima desse valor ao professor. “Temos o segundo melhor salário do país, e isso é um incentivo a mais para o professor crescer em importantes índices. Não dizemos que ele tem um bom salário, pois o trabalho do professor merece sempre ser valorizado, mas diante das condições do Estado estamos pagando muito bem” destaca.

O secretário executivo da pasta, Joneidson Marinho Lustosa, diz que não há defasagem salarial para os educadores. “Com base na lei 2.708 ficou acordado com o sindicato que o pagamento de outubro de 2012 a abril de 2014 ocorrerá a partir de 1º de maio, que é o dia da data-base do servidor”, explica.

O presidente do Sintet ressalta que o acordo com o governo foi apenas para correção de perda salarial, entretanto, segundo ele, nunca houve reajuste de salário, que é uma das reivindicações da categoria.