Conforme levantamento feito pelo Sistema de Gerenciamento Escolar (SGE) da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), em 2017 no Tocantins, 9.457 alunos abandonaram a sala de aula. O montante representou. No último ano, em torno de 4,8% do universo total de alunos, que corresponde a 193.246. Já em 2018, a pasta tem registrado a presença de 160 mil alunos da na rede estadual.

A Seduc não soube precisar sobre o percentual do número de evadidos que corresponde às meninas que engravidam ainda na adolescência e por esse motivo pararam de estudar. Contudo, o órgão reconhece que esse tem se tornado um grande problema na Educação.

Mas de acordo com o diretor de Desenvolvimento em Gestão Educacional, Leandro de Souza Vieira, a orientação educacional faz um trabalho muito específico focado no acompanhamento dos adolescentes e ainda a prevenção. “Isso ocorre através de palestras, junto com a Secretaria da Saúde, institutos e faculdades justamente para evitar uma gravidez precoce. Mas quando ocorre, o nosso trabalho é manter essa aluna grávida dentro da escola”, salienta.

Ele explica que há um acompanhamento domiciliar por parte dos professores a essas alunas. “Tudo que está ocorrendo na escola é levado até a casa dessa estudante e quando ela volta dá continuidade a esse trabalho. Ou seja, ela não segue uma licença de quatro ou seis meses, porque senão ela perderia o ano letivo, mas por outro lado ela tem o aparato da escola para não deixar de estudar”. Garante.

Ele também acredita que o apoio da família é extremamente importante para que a mãe continue com vontade de estudar. “Porque é a conciliação dos estudos com a nova fase que ela vai enfrentar e ela precisa ser acolhida pelo meio. A gente trabalha para mostrar que o ponto de partida dessa aluna será daqui para frente e que a vida dela não deixou de ter um sentido só porque ela teve um filho precocemente”, diz.