Luana Fernanda
Em 2018, até agora, foram notificados 81 casos de dengue frente aos 118 casos registrado no mesmo recorte temporal de 2017. Quanto aos casos de zika foram oito em 2018 e 15 em 2017. De chikungunya foram dez casos notificados nas duas primeiras semanas de ambos os anos. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (Semus).
Nesse período chuvoso a vigilância do mosquito Aedes aegypti, transmissor das três doenças, deve ser redobrada. Para atuar nesse combate a Prefeitura de Palmas está intensificando as ações nos imóveis da cidade. Entretanto, os responsáveis pelo trabalho ressaltam que essa tarefa é um dever que engloba também a participação ativa da sociedade.
De acordo com a bióloga da Unidade de Vigilância e Controle de Zoonose (UVCZ) Lara Betânia Melo Araújo, os agentes trabalham com atividades rotineiras com o intuito de identificar, remover ou tratar possíveis criadouros do Aedes. Fora isso, segundo ela, o município também está realizando outras atividades, como ingresso forçado nos imóveis, que geralmente são lugares abandonados e que não é possível o contato com o proprietário. “Essa é uma ação conjunta entre o agente de combate às endemias, a Guarda Metropolitana e o chaveiro. Nessa ocasião a residência é aberta e o agente de combate às endemias realiza a inspeção com a finalidade de reduzir os riscos de proliferação do vetor”, explica.
Solicitações
A bióloga enfatiza que o órgão também realiza atendimento das solicitações da comunidade, através do telefone 318-5087. O número pode ser usado para fazer denúncias de algum imóvel que possa trazer risco à saúde coletiva. “Nós temos um agente específico que faz a vistoria no imóvel denunciado”, informa.
A Prefeitura de Palmas também faz visita a empreendimentos imobiliários, por serem locais que às vezes estão fechados há muito tempo para aluguel ou venda e podem ter alguns criadouros para o Aedes aegypti. “Nesse caso, o agente, através de uma parceria com várias imobiliárias da cidade, tem o acesso a esses imóveis e realiza a inspeção”, completa.
Ações
Conforme Lara, estão programadas ações para serem realizadas em março deste ano. As atividades, que serão voltadas para o trabalho conjunto com a comunidade, englobará palestras nas escolas, nas associações de moradores, órgãos públicos e empresas de iniciativa privada. “O ciclo do vetor é bem curto e a preconização do Ministério da Saúde (MS) é que sejam visitados os imóveis a cada dois meses, então só o poder público atuando não vai ter efetividade no controle do mosquito. Isso porque há um espaço muito longo entre uma visita e outra, nesse sentido cabe também à comunidade ser vigilante e atuante neste combate”, finaliza.
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