A 2ª Delegacia de Polícia (2ªDP) de Palmas vai investigar uma denúncia de pessoas que estariam usando a história de crianças que sofrem de Atrofia Muscular Espinhal (Ame) para aplicar golpes. A informação é que os envolvidos estariam pedindo dinheiro para ajudar com viagens e tratamento das crianças.

“Não é só uma pessoa. Sei de pelos menos dois casos que pedem dinheiro para meu filho. Mas nunca recebi essas contribuições”, relatou Maria de Jesus Ferreira, mãe do menino João Guilherme, de dois anos. Conforme a mãe, a história dela não é a única, mas outra criança que tem o mesmo problema que seu filho, também vem sendo alvo de estelionatários.

No início da semana Maria registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) em Taquaralto, mas seu caso foi redirecionado para uma delegacia do centro de Palmas. “Hoje (sexta-feira, 6) mesmo vou à delegacia conversar com o delegado”, relatou. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que todas as providências e diligências serão tomadas para esclarecimento do caso.

Nas redes sociais, Maria publicou uma alerta para os seguidores e quem quer ajudar o menino. “ATENÇÃO! Infelizmente tem um Estelionatário na nossa cidade de Palmas/TO que anda com fotos e pede dinheiro em espécie, em breve postaremos o Boletim de ocorrência e a foto do mesmo!”, diz a publicação.

O Jornal do Tocantins contou em junho a história e as dificuldades que os dois meninos, João Gilberto e Franscico Martins passam durante o tratamento da doença. O remédio para os pequenos custa, em média, US$ 600 mil no primeiro ano. O Nusinersen (Spinraza) já foi aprovado na Europa e nos Estados Unidos, mas no Brasil está em avaliação. A importação da fórmula para uso pessoal foi autorizado, entretanto o medicamento e nenhum outro com o mesmo princípio ativo é ofertado no Sistema ùnico de Saúde (Sus).