Com suspeita de um suposto mercado de extração de ouro ilegal na região de Natividade, a 200 km da Capital, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rota do Ouro para desarticular a atividade ilegal de extração. Ao todo, são cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de intimação no Tocantins, Bahia, Distrito Federal, São Paulo e Pará.

De acordo com a PF, os mandados foram expedidos pela Vara Federal de Gurupi, no Sul do Estado, e são cumpridos por 62 policiais. No Tocantins, são cumpridos dois mandados de intimação, em Natividade e Chapada de Natividade e um de busca e intimação, em Chapada da Natividade. Nomes dos envolvidos ainda não foram revelados.

A investigação aponta que o ouro extraído de forma ilegal na região Sul do Tocantins é levado para São Paulo e outros países. Segundo a PF, a extração ilegal não gera benefícios para a comunidade local, uma vez que não há criação de empregos formais e nem arrecadação de impostos.

Outro ponto levantado na investigação é que a população de Natividade e região sofre com os danos ambientais e contaminação com metais pesados utilizados no garimpo.

Saldos de contas bancárias de envolvidos também foram bloqueados pela Justiça a fim de recuperar os valores do ouro extraído e reparação dos danos ambientais causados na região.

A investigação teve início após fiscalização em conjunto com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ocasionando inclusive o fechamento de um garimpo ilegal na zona rural de Chapada de Natividade.

A PF disse ainda que os investigados podem responder pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Nome

O nome é referenciado pela tentativa de descobrir qual o destino do ouro extraído em Natividade e envolvidos na ação criminosa.