Em junho do ano passado, a Polícia Federal desencadeou a Operação Cracker, que mobilizou agentes simultaneamente em quatro cidades do Tocantins, Augustinópolis, Praia Norte e Araguaína, e também no estado do Maranhão. A operação começou após uma denúncia anônima, que acabou revelando um grande esquema criminoso, existentes em vários estados do País. Os criminosos são especializados em aplicar golpes via internet e, segundo o levantamento da PF, os prejuízos já somavam mais de R$ 10 milhões.

Na época, foram cumpridos 21 mandados judiciais, entre prisão preventiva, conduções coercitivas e busca e apreensão. A PF não divulgou os nomes dos acusados, mas comprovou que além de aplicar golpes virtuais em clientes de lojas de departamento, os bandidos também desviavam a entrega dos produtos comprados para serem entregues aos integrantes da quadrilha.

A partir da Operação Cracker, a PF continuou as investigações, que culminaram com mais três operações especiais com o mesmo foco: a Dr. Cross, deflagrada em abril deste ano, quando foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em Araguaína; e a Operação Crédito Fácil e Operação Backdoor,

Perícias realizadas nos computadores apreendidos de dois investigados identificaram um rol de criminosos especialistas em fraudes via internet. Ao fazer balanço das operações, a Polícia Federal informou que a prática dos bandidos consiste na fabricação de páginas falsas de internet, geralmente de grandes sites conhecidos do público.

O esquema, segundo a polícia, funcionava de seguinte forma: os criminosos faziam inserção de anúncios de produtos com preços bem abaixo do mercado, sendo que, ao se comprar tais produtos o boleto pago pela vítima era direcionado para pagamento de compra de produtos em outros sites, e o envio de tais produtos era destinado aos integrantes do grupo criminoso.

Precaução

A empresa de cibersegurança Kaspersky alerta que é bom desconfiar de mensagens SMS e anúncios no Facebook. “Duvide de supostas ofertas recebidas por SMS. Para confirmar se a oferta exibida na rede social é real, abra o navegador, vá até o site do varejista e busque o produto anunciado”, orienta a empresa de segurança. Por fim, a dica é sempre contar com um software de proteção que faça o bloqueio de sites de phishing.